"Superliga? Não vou explicar o que é um contrato vinculativo, mas os clubes não podem sair"
Florentino Pérez fala em "tempo de reflexão", tanto para os 12 clubes fundadores como para o banco financiador, JP Morgan.
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O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, continua a defender a ideia da criação da Superliga europeia, mesmo depois de apenas o emblema merengue e o Barcelona se manterem no projeto, entre os 12 clubes fundadores.
Em entrevista ao jornal AS, o líder máximo dos "blancos" afirma que os clubes não podem simplesmente sair do projeto, e que tantos os clubes como o banco financiador, JP Morgan, se encontram em "tempo de reflexão".
"Não vou explicar agora o que é um contrato vinculativo. Mas, vá lá, os clubes não podem sair. Alguns, devido às pressões, tiveram de dizer que se vão embora. Mas este projeto ou outro muito parecido irá para a frente, e espero que em breve", começou por dizer ao diário desportivo espanhol.
Quanto à saída do banco financiador da prova, JP Morgan, Florentino garantiu: "Não é verdade. Foi-lhe dado um tempo de reflexão, tal como os 12 clubes. Se tiver de se mudar algo, mudar-se-á, mas a Superliga é o melhor projeto que pensamos que se pode fazer. O que é preciso fazer é recuperar os adeptos, os jovens. E para isso é preciso mudar. Se a UEFA o quer fazer com o projeto que disse no outro dia, sinceramente não o compreendo nem acho que seja uma boa solução. Além disso, querem começar em 2024, e veremos que equipas resistem".
Ainda sobre o banco, recorde-se que na sexta-feira o JP Morgan reconheceu esta sexta-feira ter avaliado mal o projeto da Superliga Europeia, que iria financiar com cerca de quatro mil milhões de euros.
Florentino Pérez garantiu ainda que o projeto irá para a frente o mais rapidamente possível.
"Temos de o fazer o mais rapidamente possível, mas primeiro temos de explicar o projeto às pessoas de boa-fé, que foram manipuladas por aqueles que não tinham outro objetivo que não fosse defender os seus privilégios. Talvez pensem que assim é que se vão sair bem, mas estão errados", concluiu.