Superliga Europeia reage: "O monopólio da UEFA acabou, o futebol está livre"
Tribunal da União Europeia deu razão à Superliga Europeia no diferendo com UEFA e FIFA, considerando que estes dois últimos organismos não têm legitimidade para impedir a criação de novas competições privadas.
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O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) considerou esta quinta-feira contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibir atletas e clubes de participarem em competições privadas. O mais alto órgão administrativo da UE considerou que a UEFA e a FIFA abusaram da sua “posição dominante” na sua acção contra a criação da controversa Superliga de futebol. E já há uma reação oficial por parte de uma das "caras" do projeto".
Bernd Reichart, diretor executivo da A22 Sports Management, empresa que está responsável pela gestão da Superliga Europeia, recorreu às redes sociais para dizer que o "monopólio da UEFA acabou" e os clubes são agora "livres da ameaça de sanções".
"Conquistámos o direito a competir. O monopólio da UEFA acabou. O futebol está livre. Os clubes são, agora, livres da ameaça de sanções e livres para determinar os seus próprios futuros. Para os adeptos: propomos visualização grátis de todos os jogos da Superliga Europeia. Para os clubes: receitas e gastos solidários serão garantidos", escreveu o alemão.
Ainda esta quinta-feira, haverá uma conferência de imprensa e a A22 Sports Management vai pronunciar-se sobre a decisão do Tribunal de Justiça da UE.
O projeto de competição privado e fechado tinha sido lançado em abril de 2021, mas ruiu em apenas 48 horas, perante a oposição proveniente de diversos quadrantes, desde as estruturas da modalidade até aos governos nacionais, passando pelos próprios adeptos.
Em outubro de 2022, foi criada a empresa A22, promotora do projeto, que continua a ser apoiado pelos espanhóis do Barcelona e do Real Madrid, enquanto os outros dez de 12 clubes fundadores já desistiram de uma futura Superliga.
O plano regressou em fevereiro de 2023, sob novos princípios e um modelo com 60 a 80 clubes, que fosse aberto, sem membros permanentes e alicerçado no mérito desportivo.