Líder do Barça como que provou o que o Der Spiegel noticiara: o projeto está a colaborar com uma empresa de marketing para a melhoria da imagem e deverá mudar o formato
Corpo do artigo
Joan Laporta, presidente do Barcelona, clube que, a par de Real e Juventus, não desistiu da criação da Superliga europeia, confirmou que a administração da competição elitista e concorrencial da UEFA está a trabalhar no seu relançamento.
"A UEFA não pode impedir que o projeto prossiga. Podíamos tê-lo apresentado de melhor forma, mas seria a competição mais atrativa do mundo. Estamos num processo de melhoramento. O que dizem o Barcelona e o Real Madrid deveria ser ponderado. Se [Javier] Tebas [presidente da La Liga] aceitasse que não é um ataque à La Liga, sairíamos todos a ganhar", afirmou o líder catalão, à 'Esport3'.
A declaração de Laporta parece provar que a Superliga europeia não está moribunda. A Der Spiegel havia noticiado que o projeto tem colaborado com uma empresa de marketing (Flint) na criação do guia "Pavimentar o caminho para a Superliga: estratégias para reconstruir, reiniciar e vencer" para definir as traves-mestras do ressurgimento da prova, na qual se envolveram, inicialmente, 12 clubes.
Segundo o manifesto a que o jornal alemão teve recentemente acesso, a competição que abalou as estruturas do futebol europeu no passado mês de abril, passaria a ter duas divisões, com promoções e despromoções incluídas, para tentar cair no goto.
Florentino Pérez, Joan Laporta e Andrea Agnelli acreditam que o novo formato idealizado vai potenciar o mérito desportivo, cuja ausência no tipo primeiramente divulgado mereceu uma onda de críticas por parte de clubes, adeptos e instituições.
Estratégias à parte, a criação da Superliga europeia está, por ora, a causar uma disputa judicial no Tribunal de Justiça do Luxemburgo, dado que a UEFA considera que o modelo da competição - financiada pelo banco JP Morgan - é abusivo e monopolizador.
O organismo liderado por Ceferin instaurou processos sancionatórios contra o Real Madrid, Barcelona e Juventus, por continuarem na cúpula da criação da Superliga europeia, mas o Tribunal de Comércio de Madrid impediu as consequências.
Os resistentes da Superliga e a UEFA estão em litígio desde a apresentação da competição elitista, após os restantes nove participantes - Chelsea, Arsenal, Tottenham, Man. City, Man. United, Liverpool, Atlético Madrid, Milan e Inter - terem desistido.