Líder do Barça mudou de ideias quando forçado a respeitar os limites salariais da La Liga, algo que ditou o fim do "casamento" com Messi. Folha salarial continuará a descer
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Joan Laporta, presidente do Barcelona, revelou que a direção do clube catalão tentou contratar, no último defeso, o craque brasileiro Neymar, que estaria com muita vontade para regressar a Camp Nou, de onde saiu em 2017, para rumar ao PSG.
"Tentámos contratar Neymar este verão. Estava louco para vir [para o Barcelona]. Naquela altura parecia interessante, pois interpretávamos o fair-play de outra forma", afirmou o presidente dos culé, em declarações proferidas à espanhola 'Esport3'.
Porém, o emblema espanhol foi forçado, em função do cumprir das regras de contenção financeira da La Liga, a reduzir a folha salarial do plantel principal nesta época desportiva para aliviar o aperto económico e fazer face às dívidas.
"A redução foi importante, pois passámos de uma massa salarial de 110% para 80% [das receitas]. Quero felicitar os dirigentes e o departamento financeiro do clube pelo seu trabalho e todos os que o fizeram de forma incansável e extraordinária", afirmou Laporta.
Pese embora essas reduções dos "heróis" Piqué, Alba e Busquets, além da saída de Griezmann, o líder do Barça assumiu que Messi, cuja saída se deveu ao cumprimento do fair-play financeiro da Liga, não poderia, ainda assim, assinar um novo contrato.
"Estamos num processo difícil. Os capitães deram o exemplo e continuaremos com outros. Sem Griezmann e com as reduções continuava a ser impossível ficar com o Messi. É importante ter baixado a massa salarial. No próximo ano poderemos ser mais ambiciosos", apontou Laporta.
Por agora, o Barcelona terá uma dívida acumulada de 1,3 mil milhões de euros, a maioria a vencer a curto prazo, ou seja, o clube espanhol terá que devolver 553 milhões de euros antes do final desta temporada desportiva.
A reestruturação financeira, levada a cabo por Laporta desde que tomou posse este ano, suportada pelos encaixes com a venda de jogadores e a revisão por baixo de salários - só assim Aguero foi inscrito - trouxe desvalorização ao plantel de Koeman.
Segundo a Imprensa espanhola, o lote de jogadores do Barcelona, que auferem um total de 420 milhões de euros por época (80% das receitas feitas pelo clube), está avaliado em menos 145 milhões de euros.