Situação da Rússia reavaliada em breve pela agência mundial de antidopagem
A Agência Mundial Antidopagem (AMA) vai reavaliar a 17 de maio a situação da Rússia, analisando o grau de cumprimento das suas exigências, a menos de um mês do início do Mundial.
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Depois das denúncias de doping generalizado dos seus atletas, com a agravante da situação ser estimulada e protegida pelo estado russo, conforme revelou o relatório McLaren, a AMA vai reunir em Montreal, Canadá, para avaliar um eventual levantamento da suspensão.
Em novembro, o conselho da fundação da AMA votou pela manutenção da suspensão, após a agência russa não ter cumprido com a exigência de aceitar publicamente as conclusões do relatório McLaren e o governo não ter permitido o acesso a todas as amostras e dados mantidos no laboratório, que são objeto de uma investigação.
Olivier Niggli, diretor geral da AMA, será quem vai informar os membros do conselho de fundação sobre os avanços.
O relatório McLaren estima que sejam mais de mil os desportistas implicados num sistema de doping entre 2011 e 2015, acusação reiteradamente negada pelo governo.
A 7 de dezembro, o vice-primeiro ministro ruso, Vitali Mutkó, igualmente presidente da federação russa de futebol, deixou o comité organizador do Mundial'2018, dois dias depois de ter sido banido pelo Comité Olímpico Internacional pelo seu papel na alegada conspiração de doping.
O político, que já presidiu ao Zenit, tinha liderado a Rússia nos Jogos de Inverno de 2010, em Vancouver, Canadá, onde foi acusado de ter gastado 12 vezes mais do que o orçamentado.
O Conselho de Fundação do COI é formado por 38 membros que representam o movimento olímpico e os governos de forma equitativa e reunirá um dia depois da comissão executiva da AMA.
Devido ao escândalo de doping, a Rússia foi proibida de participar nos Jogos Olímpicos Rio'2016, no Brasil, e nos Jogos de Inverno de PyeongChang'2018, na Coreia do Sul.