Nascido para vencer é a forma mais simples e correta de resumir a carreira desportiva de Cristiano Ronaldo. O futebolista podia encerrar hoje mesmo a carreira, tendo por certo, que o seu lugar entre os maiores dos maiores está garantido para a eternidade. Mas o CR7 é um desportista insaciável que quer acrescentar sempre algo mais ao currículo.
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No dia em que celebra o 35.º aniversário, Cristiano Ronaldo ainda tem muito para conquistar e O JOGO dá conta de sete desafios que o astro português pode bater no decorrer do seu 36.º ano de vida.
1 - Jornadas seguidas a faturar na Serie A
Com o bis alcançado domingo, frente à Fiorentina, Cristiano Ronaldo soma nove jornadas seguidas a marcar na Serie A. Um máximo pessoal e que o coloca a duas rondas de igualar o melhor registo de sempre estabelecido numa mesma época por Batistuta (1994/95) e Quagliarella (2018/19). Se o avançado fizer golos a Hellas Verona (8.02), Brescia (16.02) e SPAL (22.02) passará então a deter um novo recorde com 12 jornadas seguidas a faturar, podendo depois ameaçar o registo que Batistuta conseguiu juntando duas épocas e que é de 13 jogos.
2 - Alcançar a primeira dobradinha
Pode parecer estranho, mas CR7 nunca conseguiu uma dobradinha. No Man. United ganhou apenas uma Taça e antes de ser tricampeão; no Real ergueu duas Taças do Rei em anos não coincidentes com os dos dois campeonatos espanhóis ganhos; na Juventus na época passada foi eliminado da taça nos quartos de final. Esta época, a equipa bianconera lidera a Serie A e está já qualificada para as meias-finais da Coppa, onde defronta o AC Milan. A final desta prova é a 13 de maio e a última jornada do campeonato italiano tem lugar a 24 do mesmo mês.
3 - Sagrar-se Campcannoniere e Bota de Ouro
Com 19 golos, Ronaldo é o segundo melhor artilheiro na Serie A, a seis de Immobile (Lázio) - líder na corrida à Bota de Ouro europeia. Para o CR7, o artilheiro da Premier League em 2008 e de La Liga em 2011, 2014 e 2015, anos em que ganhou a Bota de Ouro, o desafio é tornar-se o primeiro futebolista melhor marcador nestas três ligas, as mais fortes do mundo, depois de já ser o único campeão em Inglaterra, Espanha e Itália. Obviamente, ambiciona também uma quinta Bota de Ouro - Messi tem seis.
4 - A sexta Champions vale feitos únicos
Cristiano Ronaldo já ganhou a Liga dos Campeões cinco vezes - uma no Manchester United e quatro no Real Madrid - e procura uma sexta vitória na Juventus, onde a época passada não passou dos quartos de final. Um eventual sucesso, dia 30 de maio em Istambul, permitirá ao CR7 igualar dois feitos. Só o espanhol Gento, antigo jogador merengue, ganhou por seis vezes a Taça dos Campeões Europeus. Por outro lado, o holandês Seedorf é o único a ganhar a prova por três clubes diferentes: Ajax, Real Madrid e AC Milan (duas vezes).
5 - Defender a coroa do Euro'2020
Portugal vai jogar o campeonato da Europa como campeão em título e o capitão da Seleção Nacional, que se lesionou na final de há quatro anos, quer liderar a equipa das Quinas a mais uma conquista, depois de em 2019 o nosso país ter ganho também a Liga das Nações. O objetivo é repetir a façanha que só a Espanha conseguiu (2008 e 2012): ganhar dois euros consecutivos. A prova, cuja final será em Londres a 12 de julho, dará a Ronaldo a possibilidade de isolar-se como melhor marcador em fases finais da competição.
6 - Ser eleito outra vez o melhor do Mundo
Cristiano Ronaldo não escondeu a desilusão por ter visto fugir para Modric (2018) e Messi (2019), os dois principais troféus individuais: a Bola de Ouro e o FIFA The Best. Ganhador do primeiro em cinco edições e do segundo em três, o CR7 ambiciona voltar a ser reconhecido como o melhor do mundo. Se alcançar tal desiderato - o The Best é referente à época 2019/20, a Bola de Ouro ao presente ano -, o português será o mais velho a ganhar o prémio da FIFA (supera Cannavaro que tinha 33 anos em 2006) e o segundo mais idoso depois de Stanley Matthews (41 anos) na Bola de Ouro, sendo que o inglês ganhou a primeira edição mais como um prémio carreira, do que pelo que alcançara em 1956.
7 - Deixar Ali Daei para trás
Com 99 golos, Ronaldo tem à vista o iraniano Ali Daei e faltam-lhe apenas 11 golos com a equipa das Quinas para se tornar o maior artilheiro da história por seleções. Um objetivo ao alcance até final do ano, dado os jogos de preparação para o Europeu, a fase final da prova e os seis desafios da Liga das Nações que vão ter lugar entre setembro e novembro.
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