Mário Rui reconhece a importância de Maurizio Sarri na sua evolução como jogador e aborda as potenciais mudanças dos compatriotas para Nápoles.
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Contratado pelo Parma em 2011, aos 20 anos e após terminar a ligação ao Benfica, Mário Rui nunca jogou pelos parmesões, tendo sido três vezes emprestado antes de ser contratado pelo Empoli, com quem chegou à Serie A
Chegou há sete anos a Itália, para a II liga. Como recorda esses anos?
-A minha história em Itália é muito simples, comecei na segunda divisão, passei pelo Gubbio e Spezia, clubes humildes, que jogavam com o objetivo de não descer de divisão, mas aprendi a conhecer o futebol italiano, a defender, e fui-me fazendo jogador. Até que consegui chegar ao Empoli, um clube que já tinha mais ambições, tinha o objetivo de chegar à Serie A. E foi no Empoli que consegui dar o salto.
Maurizio Sarri teve muita influência na sua carreira. O que aprendeu com ele?
-Isso de certeza, é um tipo de treinador muito diferente do que eu estava habituado. Com Sarri, treinamos tudo, porque ele não deixa passar nenhum aspeto. É um treinador muito bom na gestão do grupo, dá muita liberdade aos jogadores, faz com que toda a gente se sinta bem e a arma principal é que, com ele, os jogadores divertem-se nos treinos e acho que o sonho de qualquer jogador é poder divertir-se ao fazer aquilo que ama.
O que é que mudou Sarri na sua forma de interpretar esta posição de lateral?
-Eu era um lateral-esquerdo que dava mais importância à fase ofensiva, uma das minhas melhores características. Sarri completou o meu processo de crescimento, porque comecei a ser um defesa-esquerdo em todos os sentidos, aqui o primeiro objetivo é defender bem e depois atacar.
O presidente do Empoli, Fabrizio Corsi, chegou a dizer que não acreditava muito no seu potencial por ser baixo, mas comprou-o por insistência do Sarri...
-Sim, mudou de opinião, porque, quando fui para o Roma, ele disse que na história do clube era sempre graças aos baixinhos que faziam as grandes vendas.
Foi Sarri que lhe ligou para levá-lo do Roma para o Nápoles? Como é que o convenceu?
-Ele já me conhecia, sabia o que eu podia dar ao seu jogo e também que estava muito dececionado porque tinha passado uma época muito difícil no Roma, estava sem confiança e o mais importante para mim era voltar a jogar e a divertir-me. Ele disse-me: "Anda para o Nápoles que aqui vais desfrutar mais do futebol, o teu estilo de jogo tem tudo a ver com o meu futebol e vais ser feliz em Nápoles." Foi o suficiente para me convencer.
"Se Rui Patrício e André Gomes vierem, serão bem recebidos"
Rui Patrício, guarda-redes da Seleção Nacional e do Sporting, tem sido insistentemente apontado como alvo prioritário do Nápoles para substituir Reina, que se foi embora. Também o médio André Gomes, do Barcelona, já foi referido como estando nos planos dos napolitanos. Jogadores e compatriotas que Mário Rui não se importaria de ajudar a integrar-se na equipa. "Eu não sei nada, se vêm ou não, mas se vierem vão ter muita gente a apoiá-los, vão ser muito bem recebidos e vão sentir-se em casa aqui em Nápoles", garante o lateral-esquerdo, que no Mundial só terá a companhia do guarda-redes dos leões.