Palavras de Paul Scholes, que visa o mercado de verão do United, mas também o sistema tático de Rúben Amorim
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Paul Scholes, lenda do Manchester United, considerou esta segunda-feira que o clube treinado por Rúben Amorim esteve mal no mercado de verão, apostando demasiado em reforços para o ataque.
Depois de o United ter gasto mais de 200 milhões de euros nas contratações de Bryan Mbeumo, Matheus Cunha e Benjamin Sesko, o antigo médio inglês considerou ainda que o sistema tático do treinador português não está a funcionar.
“Não acho que haja qualidade. Quaisquer que sejam os dois dos quatro ou cinco que eles têm no meio-campo — Casemiro, Bruno [Fernandes], [Kobbie] Mainoo —, qualquer combinação que ele tenta não parece funcionar. Isso é um grande problema. Pensei durante todo o verão que a prioridade absoluta era um meio-campista com pernas, que pudesse jogar e controlar o jogo. O guarda-redes [também] era um problema importante. Será que precisavam mesmo de chegar ao jogo contra o Grimsby para perceber que Onana não é suficientemente bom? Se o Manchester United não esteve interessado em Gianluigi Donnarumma quando ele ficou disponível, isso é um crime. A equipa de scouting foi comprar avançados. Isso precisava de ser resolvido, mas precisavam de três? Não tenho a certeza disso”, apontou, à BBC, antes de os “red devils” receberem o Chelsea na próxima jornada da Premier League, depois de uma derrota em casa do rival City (3-0).
“Ele não pode continuar a jogar assim, simplesmente não pode. Em algum momento, precisa de pensar: ‘Tenho de mudar alguma coisa, porque o que estou a fazer agora não está a funcionar e não estou a obter resultados’. A prova está aí. Gosto do Amorim, com tudo o que diz, parece ser um homem simpático. Mas, infelizmente, os resultados mostram a realidade. Neste momento, não é bom o suficiente. Neste momento, se os resultados não melhorarem, o desempenho não importa muito. Ele tem de ganhar alguns jogos ou a pressão sobre ele será enorme”, avisou Scholes, a concluir.