"Se o Flamengo ganhar o Carioca aumenta o meu currículo aqui, mas fora do Brasil, zero"
Jorge Jesus voltou a sentar-se no banco de suplentes do Flamengo, pela primeira vez em 2020, para dirigir a equipa na receção ao Resende. O jogo era para o Estadual, competição que o português encara como espécie de pré-época
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Sobre o jogo com o Resende: "Faz hoje uma semana de treinos. Nós optamos por fazer uma pré-temporada com jogos oficiais. Nem tudo é positivo, porque você trabalha com uma intensidade muito alta, e quando chega ao jogo nota-se na competitividade dos jogadores. Ao fim de oito dias, jogar um futebol deste nível não é para todos."
O que falta: "Sabendo que o adversário não tem muito nome, mas, no meu ponto de vista, é muito bem trabalhado em termos de organização defensiva. O Flamengo teve alguma falta de mobilidade, de velocidade, para impor o seu jogo intenso tanto com bola quanto sem bola. Mas sabíamos que a nossa forma de jogar vai cansando os adversários"
A Supertaça: "O importante para nós é dia 16, em Brasília, na final da Supertaça, estarmos a um nível muito melhor e maior, com todo o respeito que tenho por esta competição [Carioca]"
As estreias de Gustavo Henrique, Michael e Pedro: "Não é um jogo particular, é um jogo oficial. Se pudesse, faria mais substituições e colocaria todos os novos jogadores. Acho que os três estiveram bem. Michael e Pedro mexeram com o jogo".
"O Flamengo não pode ser grande apenas por seus adeptos. Tem que ganhar títulos dentro e fora do Brasil. É isso que quero que o Flamengo consiga fazer.
Gabigol e Pedro juntos no ataque: "Há jogos em que pode acontecer. Cada jogo tem a sua história. As estratégias para cada jogo são diferenciadas. Hoje era preciso ter mais jogadores na área. Acreditávamos que o Pedro ia ter mais poder na área. Com Michael, acreditávamos que teríamos mais cruzamentos. Para ter mais cruzamentos, precisávamos de mais presença de área."
Supertaça brasileira e sul-americana: "O Flamengo não pode ser grande apenas por seus adeptos. Tem que ganhar títulos dentro e fora do Brasil. É isso que quero que o Flamengo consiga fazer. Para mim não foi um jogo oficial. Para mim, estes jogos são para preparar a equipa com jogos oficiais. Como estou a preparar, estou a olhar para a qualidade que a equipa possa ter jogo a jogo. O que me interessa é fazer uma rotatividade dos jogadores"
A importância do Estadual: "Isso é cultural, tenho que respeitar os estaduais. Portanto, têm que se manter, porque também têm coisas muito boas. Ajudam a formar jogadores, há uma forma de poder projetar mais equipas. Tenho que saber respeitar isso, mas se o Flamengo ganhar o Carioca... No Brasil, isso aumenta o meu currículo. Fora do Brasil, zero. Portanto, vou respeitar, porque é uma prova do coração do povo brasileiro."