"Se algum jogador do Cádiz disse que eu ia pedir perdão a Diakhaby, deixo o futebol"
Juan Cala, jogador do Cádiz, desmente com veemência as acusações do central francês do Valência.
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Foi esta terça-feira que Juan Cala, um dos protagonistas da polémica em redor do caso de alegado racismo com Mouctar Diakhaby, falou em conferência de imprensa.
A ideia deixada pelo jogador do Cádiz foi clara: além de desmentir as acusações feitas pelo central do Valência, detalhou a situação, explicando que nunca dirigiu qualquer palavra de índole racista ao adversário no jogo do último domingo.
"Infelizmente, sou forçado a comparecer numa conferência de imprensa. Tudo começou num canto a favor do Valência, onde Diakhaby caiu em cima de mim, levei uma cotovelada, pedi falta e ele disse-me para me levantar. É isso mesmo. Depois veio o golo, o cartão e a infeliz jogada em que recebi outro golpe e pedi nova falta anosso favor. Digo ao jogador 'deixa-me em paz' e desentendemo-nos. E o jogador [Diakhaby] acusa-me de lhe dizer 'seu negro de merda'", começou por referir Cala, prosseguindo o relato:
"Ele zangou-se quando viu o cartão amarelo e depois vimos a cena que ocorreu em campo. Desde então, fiquei surpreendido e envergonhado com o que estava a acontecer. Depois, aconteceu tudo o resto que já viram. Nunca disse 'negro de merda'. Não disse e isso é bastante claro. Tudo o que ele diz é falso. Se algum jogador de Cádiz disse que eu ia pedir-lhe perdão, deixo o futebol. Isto é um linchamento dos meios de comunicação social", rematou Juan Cala, visivelmente revoltado com a situação.
Também esta terça-feira, minutos antes da conferência do futebolista do Cádiz, Diakhaby publicou um vídeo nas redes sociais em que reiterou as acusações.