Conflitos começaram no defeso, quando um deles queria ir para a Côte D'Azur curar-se de uma lesão.
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Após a bem sucedida experiência à frente da seleção nacional portuguesa, Luiz Felipe Scolari teve uma oportunidade num "grande" europeu: chegou ao Chelsea a 1 de julho de 2008, na expectativa de triunfar como sucessor do israelita Avram Grant, mas apenas sete meses e picos depois, em fevereiro do ano seguinte, Roman Abramovich fartou-se da parceria e demitiu-o. No entender do treinador brasileiro, houve um fator que muito contribuiu para o insucesso. Ou melhor, dois: Nicolas Anelka e Didier Drogba.
"O Chelsea teve problemas de lesões e alguns problemas no grupo. Eu tinha uma forma de liderança que entrou em conflito com um ou dois jogadores", declarou numa entrevista ao "The Guardian". "Quais jogadores?", perguntou o jornalista. "Anelka e Drogba", respondeu Scolari sem inibições.
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Os problemas começaram por causa de uma lesão de Drogba. "O nosso departamento médico achava que devíamos deixar o Drogba recuperar da lesão em Cannes [na Côte D'Azur, estância balnear francesa], a meio do verão, mas eu achava que ele devia ficar em Londres. Ora, eu também gostaria de ir para Cannes no meio do verão e ficar lá um mês ou dois, a divertir-me", começou por explicar o brasileiro.
"Quando ele voltou ao grupo, tentei adaptar a equipa para ele e o Anelka jogarem ao mesmo tempo. Anelka era o melhor marcador da liga. Tivemos uma reunião e o Anelka disse então: 'Só jogo numa posição [a nove]'. Portanto, havia ali uma certa falta de companheirismo, de respeito, de tentar jogar ao lado do Drogba. Eles eram ambos excelentes, mas alguém tinha que ter outras funções, de ajudar mais atrás quando perdíamos a bola. E foi aí que as coisas mudaram um pouco. Depois disso cheguei a ver o Drogba e falámos abertamente sobre o assunto. Eu percebi que não tinha havido má intenção da parte dele ou do Anelka, mas a verdade é que aconteceu e que eu perdi uma das grandes oportunidades que tive na vida", concluiu Scolari.