Oficialização da saída de Fernando Santos deve acontecer em breve
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A saída de Fernando Santos do cargo de selecionador de Portugal deverá ser oficializada nas próximas horas, podendo ser ainda no decorrer desta quinta-feira. O acordo entre as partes foi alcançado num encontro entre Fernando Santos e Fernando Gomes, presidente da FPF, que teve lugar na terça-feira.
Chega assim ao fim uma ligação que começou em 2014, tendo como pontos altos as conquistas do Europeu'2016 e da Liga das Nações de 2019, os dois únicos troféus da Seleção Nacional em toda a sua história.
A eliminação do Mundial"2022 às mãos de Marrocos, nos quartos de final, significou mesmo o fim da linha para Fernando Santos enquanto selecionador de Portugal. Como O JOGO revelou esta manhã aseparação far-se-á de modo amigável, até pelo relacionamento que Santos sempre teve e mantém com Fernando Gomes, bem como com o restante "edifício" federativo.
Logo após a saída de cena do Campeonato do Mundo, Fernando Santos prometera que em Portugal teria uma conversa com o presidente da FPF para avaliar o futuro próximo. Este, é certo, já não passará pelo comando técnico da Seleção, onde o treinador que ao longo da carreira reuniu raros consensos - orientou os três grandes em Portugal mas também grandes rivais na Grécia - disputou 109 encontros. Destes, venceu 67 (61,5% de sucesso), empatou 23 (21%) e perdeu 19 (17,5%), sendo o detentor da terceira melhor percentagem de triunfos da história da Seleção Nacional, mas com um número muito superior de partidas disputadas em relação aos dois que o precedem - Humberto Coelho (66,7%, em 24 jogos) e Otto Glória (64,3%, em 28 encontros).
Além dos referidos dois títulos conquistados para Portugal, no período mais áureo da equipa das Quinas, Fernando Santos tem outros registos destacados, nomeadamente as presenças em fases finais. No Catar foi a segunda em Mundiais, depois de no Rússia"2018 Portugal ter sido afastado pelo Uruguai nos "oitavos". Nessa mesma fase ficou pelo caminho no Euro"2020, às mãos da Bélgica, depois de ter sido o melhor dos terceiros, num grupo que tinha Alemanha e França. Ainda antes disso, e na qualidade de campeão europeu, o natural de Lisboa comandou a Seleção a um terceiro lugar na Taça das Confederações de 2017, também na Rússia.
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