Equipa de Didier Deschamps tem uma das defesas menos batidas até agora neste Europeu, a par da Espanha
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Com apenas um golo sofrido em quatro jogos, a França tem neste momento a defesa menos batida do Europeu, a par da Espanha. Nada de muito estranho, tendo em conta a estrutura dos onzes que têm sido apresentados por Didier Deschamps, nomeadamente no meio-campo e nas laterais.
Mas, começando no centro da defesa, a parceria entre Upamecano e Saliba não podia estar a funcionar melhor. Este último foi uma das afirmações da Premier League na época passada, ao serviço do Arsenal, e neste Europeu tem impressionado, especialmente no encontro com a Bélgica, em que deixou a impressão de ter amarrado Lukaku a uma camisa de forças durante 90 minutos. No último ano, em oito jogos feitos em conjunto entre Upamecano e Saliba, a França só sofreu um golo... e foi de penálti, por Lewandowski, no encontro da fase de grupos com a Polónia (1-1).
Nas laterais, a dar corpo a esta apetência defensiva, Deschamps aposta em Koundé, um central adaptado a lateral que, além bom porte físico, tem passado os últimos anos empenhado num trabalho muscular reforçado. Do outro lado, Theo Hernández também é difícil de ultrapassar. Na baliza, Maignan já provou que é digno sucessor de Lloris e, no meio, Tchouaméni, Kanté e Rabiot formam um trio de combate que faz desta França uma muralha bem difícil de ultrapassar. Rabiot não pode defrontar Portugal, mas no seu lugar vai estar Camavinga, outro “rei” nos duelos defensivos.
Como realçava o jornal “Le Parisien”, Didier Deschamps não tomou esta opção por acaso: é que, se repararmos bem, Portugal foi campeão europeu em 2016 com cinco golos sofridos em sete jogos, com apenas um deles encaixado já na fase a eliminar. Por outro lado, na edição de 2020, a Itália não sofreu qualquer golo na fase de grupos, terminando com quatro sofridos num total de sete jogos na competição.