Treinador português comanda o avançado do Liverpool na seleção do Egito
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Rui Vitória abordou ao The Athletic a carreira de Mohamed Salah, estrela da seleção do Egito que o técnico português orienta, garantindo que o avançado pode atuar aos mais alto nível durante mais cinco anos.
Salah, de 31 anos, já cumpriu seis temporadas no Liverpool, após passagens por Roma, Fiorentina, Chelsea, Basileia e El Mokawloon.
"Comecei a falar com alguns jogadores, mas ele foi o único que me enviou uma mensagem. As estrelas às vezes estão em campo e fora dele não são as estrelas. Salah é as duas coisas. Ele tem um grande impacto nos seus colegas. Tem uma energia positiva e é humilde. Está sempre pronto a ajudar a equipa e o seu país. Ele tem os pormenores que fazem toda a diferença. É incrível como ele decide tão rápido e como está sempre no espaço específico certo. Ele é muito importante para nós. Vai jogar mais quatro ou cinco anos ao mais alto nível, porque tem as capacidades que não se podem perder, a tomada de decisões e a inteligência de jogo", afirmou Rui Vitória em entrevista ao The Athletic.
"É um profissional fantástico. Procura continuar a melhorar para se manter a um nível elevado. O sono, o pequeno-almoço, o ginásio, tudo e mais alguma coisa. E ele está determinado a ganhar tudo. Está desejoso de fazê-lo pelo país. Ele é um vencedor, nunca tem medo e não quer perder essa oportunidade. Salah é um capitão muito bom, o perfil que eu gosto. Não é apenas um capitão em campo, ele ajuda a resolver todos os problemas em todos os momentos", prosseguiu o técnico português, que abordou ainda o projeto à frente do Egito.
Para Rui Vitória, a Taça de África das Nações (CAN) é mais complicada que um Mundial: "É mais difícil do que o Campeonato do Mundo. É um estilo diferente, um ambiente diferente, mais virado para o jogo. Aqui há futebol, mas há mais emoção, é uma cultura diferente, a influência das pessoas, dos adeptos e a pressão é maior. Há muitas equipas boas, mas nós vamos tentar ganhar. No início, senti que as pessoas não acreditavam nestes jogadores e pensavam que não tínhamos qualidade. Eu pensava de forma diferente, gostava do espírito e da competitividade dos jogadores e da atitude de jogar para ganhar. Quando cheguei, senti que os jogadores jogavam muito rápido e tomavam decisões que faziam perder a bola. Precisávamos de mudar isso. O futebol egípcio tem potencial. A seleção nacional é um exemplo para o país. É difícil pôr toda a gente a trabalhar em conjunto, mas tentamos ir passo a passo".
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