O central do Olympiacos explicou a sua versão dos factos e as dificuldades que atravessou em Espanha
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Em entrevista à TVI, Rúben Semedo recordou os tempos que atravessou na prisão, em Espanha, entre fevereiro e julho de 2018. Na altura jogador do Villarreal, o central português admitiu que se deixou levar por ambientes não recomendáveis a futebolistas profissionais, como alguns desacatos em discotecas, mas assegura que a história que o levou à prisão foi contada ao contrário.
"Eu vinha muitas vezes a Portugal e aqueles ficavam em minha casa e com os meus carros. Confiava neles. Uma vez, pediram-me dinheiro emprestado e eu emprestei sem problemas. Descobri por pessoas que tínhamos em comum que aquela pessoa me estava a enganar e disse-lhe: 'Ou me pagas, ou chamo a polícia e denuncio-te.' Ele já tinha um histórico por burla a jogadores e tráfico de droga", explicou Rúben Semedo, atualmente ao serviço do Olympiacos.
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"Ele veio a minha casa para tentar falar. Exaltei-me, tivemos uma discussão e ele levou a ameaça que lhe fiz à polícia e inverteu a história toda, para que eu ficasse como o mau da fita. A polícia veio a minha casa, prendeu-me e aconteceu uma série de coincidências que não me ajudou em nada", continuou Rúben Semedo, que admitiu ter passado por muitas dificuldades na prisão.
"Jamais poderei esquecer. Estava com outros dois reclusos e um tinha tendências suicidas. Era assustador pensar que a pessoa que estava ao meu lado, à mínima coisa, se tentava matar. Nas primeiras duas ou três noites não conseguia dormir. Pensava que se ia suicidar ou que podia matar-me", contou.