Guarda-redes do Chelsea foi expulso logo aos cinco minutos e o Manchester United aproveitou para marcar dois golos antes do intervalo, mas nem assim teve um resto de jogo tranquilo
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O Manchester United, treinado por Rúben Amorim, venceu no sábado o Chelsea em Old Trafford por 2-1, somando a segunda vitória à quinta jornada da Premier League, mas o técnico português não evitou um desabafo no final do jogo.
Depois de o United ter aproveitado a expulsão do guarda-redes Robert Sánchez, logo aos cinco minutos, para marcar dois golos através de Bruno Fernandes (14') e Casemiro (37'), com o ex-FC Porto a também ser expulso ainda antes do intervalo (45'+5'), causando uma incerteza que preocupou ainda mais quando Trevoh Chalobah reduziu para os "blues", aos 80', Amorim lamentou mais um jogo nervoso da sua equipa.
"[A vitória] Foi muito importante. Acho que a merecemos, mas complicamos sempre as nossas vidas. Acho que começámos muito bem o jogo, com agressividade e mostrando ao adversário que estávamos lá. É claro que a expulsão do guarda-redes ajudou-nos muito, mas tínhamos o controlo, marcámos dois golos. E com tudo a correr bem, complicámos com a expulsão. Acho que gerimos bem a segunda parte, mas no final, os últimos 15 minutos foram difíceis para nós. Eles marcaram um golo, sofremos juntos e conseguimos vencer. Acho que os jogadores mostraram essa vontade, mas também mostrámos que, quando tudo está a correr bem, fazemos algo para complicar as coisas. Pela forma como começámos o jogo, a primeira e a segunda bola, lembro-me que quando marcámos o primeiro golo tivemos muitas situações de três contra um, três contra dois, guarda-redes fora da área... com o último passe não estivemos perfeitos naquele momento e isso pode ajudar-nos muito a controlar os jogos e a ganhar jogos, mas sofremos juntos no final e isso foi bom. Se olharmos para o jogo, merecemos ganhar", começou por analisar, em conferência de imprensa.
"Casemiro, com a expulsão, foi muito agressivo. É claro que ele precisa de fazer melhor nesse momento, mas mostrámos que queríamos muito, muito mesmo, ganhar. É a pressão. O jogador [Casemiro] tem cinco Ligas dos Campeões e às vezes sinto mais pressão nalguns jogadores mais jovens, mas talvez seja porque o Casemiro se preocupa. Marcámos um golo e ele faz aquela entrada. E depois eles tiveram talvez uma vez em que passaram a nossa metade do campo e nós queríamos ganhar a bola imediatamente. Então, acho que às vezes não é a pressão, quisemos demais naquele momento. Isso não é uma coisa má", referiu ainda, abordando o segundo cartão amarelo e consequente vermelho ao médio-defensivo brasileiro.
De resto, Amorim aproveitou para esclarecer que estava a brincar quando disse, na véspera do jogo com o Chelsea, que "nem o Papa" o faria mudar de tática: "Vocês [jornalistas] gostam, então não se queixem. Vocês gostam assim. Vamos tentar ganhar o próximo jogo e eu dou-vos outro [título]".
O Manchester United segue provisoriamente na décima posição da Premier League, com sete pontos, enquanto o Chelsea é sexto, com oito.