
Rúben Amorim
EPA
Declarações de Peter Kenyon, que já trabalhou no Manchester United
Corpo do artigo
Leia também Contratou Mourinho para o Chelsea e diz: "Ele é ótimo para o Benfica"
Em Lisboa, na Web Summit, Peter Keynon, antigo diretor executivo do Chelsea e atual conselheiro da escuderia da Fórmula 1 Williams, falou sobre o trabalho de Rúben Amorim em Inglaterra. Antes de ter rumado ao clube londrino, Kenyon desempenhou funções idênticas no Manchester United e conhece como poucos o contexto do clube.
"Acho que as pessoas não compreendem o quão difícil e o quão grande é o Manchester United. É uma envolvência muito diferente e penso que chegou o momento de reconstruir a sua cultura. Não se trata apenas de contratar um futebolista, mas sim descobrir o que vai fazer com que esta equipa volte a ser grandiosa", referiu.
O britânico encontrou "sinais de que as coisas estão a melhorar" nos "red devils", apontando o treinador português como "elemento-chave" nesta transformação. "A exigência dos adeptos do United é enorme, ainda somos um dos maiores clubes do mundo e as expectativas são sempre gigantes. Mas, sem ver como adepto, estas coisas levam tempo. Não é um jogador ou um treinador que fazem a diferença, é todo o ambiente. Sei que todos estão a trabalhar nesse sentido, mas o futebol é julgado pelos resultados ao domingo e à quarta-feira. É difícil, mas tenho gostado da honestidade dele. Não foge à responsabilidade e espero que, entretanto, as coisas comecem a resultar", explicou.
Apenas um ano após a chegada de Amorim a Old Trafford, Kenyon não hesitaria a manter a confiança no português. "Não se pode fazer sem tempo. Não se pode dar um tempo infinito às pessoas. É preciso ver os resultados a começar a avançar na direção certa e acho encorajador que isso esteja a começar a acontecer. Mas é um ambiente difícil, a Premier League não é uma liga fácil e o tempo, no futebol, é brutal e raramente se tem", concluiu.
Termina hoje a edição de 2025 da Web Summit, que, desde segunda-feira, juntou em Lisboa mais de 70.000 participantes, acima de 2.500 startups a exibir os seus produtos e serviços e mais de 1.000 investidores. A Web Summit começou em Lisboa em 2016 e a sua realização está garantida até 2028.

