Rúben Amorim diz-se "envergonhado": "Temos de nos zangar com as críticas"
Treinador do Manchester United assume sentir vergonha por ter apenas seis vitórias em 25 jogos na Premier League, não vencendo há sete jornadas consecutivas, um recorde negativo na história do clube
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A horas de visitar o Chelsea (20h15) num jogo da 37.ª jornada da Premier League que antecede a final da Liga Europa (quarta-feira), diante do Tottenham, Rúben Amorim assumiu sentir-se “envergonhado” por ter apenas seis vitórias em 25 jogos na Premier League.
Em entrevista à Sky Sports, o técnico português, que segue na 16.ª posição na Liga inglesa e não vence há sete jornadas consecutivas, tendo igualado um recorde negativo na história do clube, admitiu que há “algo de errado” na forma de jogar dos “red devils”, falando num problema de mentalidade e avisando que o próximo mercado de verão não o irá ajudar a corrigi-lo.
“Sinto-me envergonhado por termos seis vitórias em 25 jogos. Há algo de errado na nossa forma de jogar futebol. Às vezes não é uma questão tática, é pela forma como lidamos com a competição, como sofremos e como ficamos zangados por perder. Por tudo o que já passámos, tenho uma ideia clara do que esta equipa precisa para ser muito melhor e não é só dentro de campo, também é fora. Temos todas as condições para melhorar, mas há algumas coisas que não conseguiremos mudar no verão, o sentimento do clube e a forma como o vemos, o sentimento de que não podemos perder um jogo. Temos de mudar isso e não pensar em transferências. Isto é mais profundo do que trocar de pessoas. É isto que temos feito, mas as pessoas não conseguem vê-lo”, apontou.
Nesse sentido, Amorim considerou ainda que as constantes críticas em torno da sua equipa devem ser usadas como motivação para melhorar, dizendo que a última coisa que o clube deve fazer é conformar-se com a fase negativa que atravessa na sua história.
“Precisamos de esquecer a final [da Liga Europa] e ser melhores contra o Chelsea. A nossa posição é inaceitável e não nos está a faltar confiança, é algo mais profundo. Quando ouço as pessoas a criticarem-nos, não posso dizer nada, porque é muito claro que elas têm razão. Precisamos de sentir e temos de ficar zangados com as críticas e jogar bem. A pior coisa que podemos fazer é deixar andar”, concluiu.