Declarações de Rúben Amorim, treinador do Manchester United, após a vitória deste domingo diante do West Ham (2-1), num jogo particular disputado em Nova Jérsia, nos Estados Unidos
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Marcar logo aos cinco minutos ajudou: “Foi completamente à época passada. Não sofremos, marcámos e isso ajuda-te a jogar melhor. Tivemos alguma posse de bola, defendemos bem no um contra um, pressionámos alto, especialmente na saída de bola, e isso ajudou-nos a ganhar a bola. Penso que temos de ter mais posse prolongada quando ganhamos a bola, para que cheguemos perto da área e tentemos encontrar os espaços curtos. Podemos lidar com a bola e trabalhar um pouco mais com ela. Até ao golo do West Ham (aos 63’), estávamos a controlar o jogo com mais oportunidades e depois sofremos um bocado, mudámos tudo com muitos jovens. Mas foi um bom teste para melhorar a equipa”.
Quem o impressionou mais? “Todos. Não quero falar sobre nomes específicos. Rasmus (Hojlund) esteve bem, gostei muito do seu jogo, com as corridas e a forma como lutou no um para um e quando lançámos a bola. Ele ligou bem com os seus colegas de equipa e fiz um bom trabalho. Matheus Cunha é o tipo de jogador que nos pode ajudar imenso, porque ele consegue correr com a bola e isso é algo que pode mudar um jogo. Precisámos disso o ano passado. Na primeira parte, Kobbie (Mainoo) e Manu (Ugarte) estiveram muito bem. Não vou falar sobre a segunda equipa porque é muito difícil, com muitos jovens, entrarem 11 jogadores. Mas gostei imenso da equipa e claro, é preciso vermos o jogo e melhorar coisas”.
Bruno Fernandes bisou: “Os seus golos e assistências foram muito claros na época passada, mas não é só isso. Penso que agora ele tem mais jogadores que sentes que o podem ajudar a liderar o grupo e isso é bom. Ele é o nosso líder e é muito importante, não só dentro de campo, mas fora também. Ele lidera por exemplo, trabalha muito arduamente e está sempre disponível, às vezes joga com dores. Às vezes o problema é que ele fica frustrado e perde um pouco o foco. Às vezes, ele quer ajudar tanto os seus colegas de equipa e isso não é a melhor coisa que ele pode fazer. Eles têm de fazer o seu trabalho e Bruno tem, por exemplo, de esperar que a bola chegue até ele”.
Posição ideal de Bruno Fernandes: “Ele tem uma função ou posição em cada jogo. É impossível que ele jogue em todas as posições e, no ano passado, às vezes senti que o recuei para termos mais bola na construção e depois sentimos a falta dele na área. Com caraterísticas diferentes de Bryan (Mbeumo) e Matheus Cunha, e gostei bastante do jogo de Kobbie Mainoo, ele terá mais ajuda esta época. Bruno corre imenso, é um jogador diferente, mas corre muito. Ele tem muita resistência e é inteligente, não é essa a questão. A questão física com Bruno não preocupa, jogando mais nas alas ou como médio-ofensivo”.
Onze na estreia na Premier League contra o Arsenal, a 17 de agosto? “É uma equipa forte e precisamos de preparar todos os jogadores. Não temos muitas semanas ou muitos jogos para isso. Há jogadores que podem jogar esse primeiro jogo, essa ainda não é uma decisão que tenha tomado”.