Roberto Martínez, a saída de Leão e a entrada de Ronaldo: "O estádio fica diferente..."
Declarações de Roberto Martínez, selecionador de Portugal, após o triunfo por 2-1 sobre a Escócia, na segunda jornada da fase de grupos da Liga das Nações
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Sentiu que a entrada de Cristiano Ronaldo trouxe alma diferente, uma injeção de força e confiança à equipa? “Sem dúvida. Acho que faz parte da tomada de decisão. O Bernardo, jogadores de muita incidência durante os jogos. Bernardo, Ronaldo… Ronaldo fez 17 sprints contra a Croácia. É o jogador que fez maior número de sprints. Então nós precisamos de proteger os jogadores. Mais um jogo em 72 horas é impossível ter um desempenho físico [igual]. A dúvida era Ronaldo jogar a primeira parte e sair ou entrar e terminar o jogo. Foi essa decisão. É uma mais-valia para a Seleção. Quando entra, se o marcador precisa de golos, o Cris dá uma energia e um sentimento aos adeptos, o estádio fica diferente. Se o Cris sai, é o contrário e facilita o que o adversário gostaria de fazer quando joga fora de casa em Portugal. Mas o importante é o compromisso de todos os jogadores. Os jogadores acreditam no que podem dar ou fazer pela Seleção e estão preparados para isso. O Cristiano, como capitão, foi exemplar.”
Razão da saída de Rafael Leão: "Primeiro, gostaria de dar os parabéns ao Rafael Leão, que foi pai, e estamos muito contentes. O importante é o contexto do jogo. O Rafael Leão ainda não jogou 90 minutos. O Pedro Neto não jogou 90 minutos desde abril. Então, se nós queremos chegar aos últimos 15/20 minutos do jogo com energia e força, utilizar a percentagem que pode fazer a diferença perante os jogadores da Escócia que estavam cansados, precisamos de jogadores novos. Precisamos que os jogadores que estejam no relvado com qualidade, mas precisamos de utilizar as cinco substituições. O futebol moderno mudou. Agora, temos duas ou três substituições para continuar o nível de energia para os jogadores que não podem jogar os 90 minutos mas também para estratégia."
A ausência de Vitinha não trouxe menos qualidade no meio-campo? "Acho que o João Palhinha é o melhor jogador para romper a transição, fisicamente para ganhar a primeira bola. Tivemos duas ou três ações que a Escócia fez uma boa combinação mas acontece, o adversário também tem qualidade. O problema foi que sofremos um golo e precisámos de mudar. O Rúben Neves deu uma mobilidade diferente, tem umas valências diferentes e é muito bom para a nossa Seleção continuar a ter jogadores como Palhinha, Rúben Neves ou João Neves."