River Plate recebe o Boca Juniors para a segunda mão do Superclássico, em estreia na decisão da prova. Primeiro jogo terminou 2-2
Corpo do artigo
A Argentina vai parar este sábado a partir das 16 horas, 20h00 em Portugal continental, quando for dado o pontapé de saída na segunda mão da final da Taça Libertadores, a primeira de sempre disputada por dois clubes argentinos e maiores rivais: River Plate e Boca Juniors. Um superclássico como nunca houve e que, também por isso, está a gerar uma atenção mediática a nível global nunca antes vista pela prova.
O estádio Monumental vai encher-se apenas de adeptos dos milionários - para evitar problemas -, que estão confiantes numa quarta vitória consecutiva em finais, depois de perderem as três primeiras que jogaram. Com o técnico Marcelo Gallardo fora do banco por castigo, o River de Enzo Pérez e Quintero (cedido pelo FC Porto) sabe, contudo, que o 2-2 obtido fora não é tranquilizador ante um Boca que em quatro das seis vezes que se sagrou campeão celebrou fora de casa - embora só uma vez não tenha ganho o primeiro jogo, em 2000, quando empatou 2-2 com o Palmeiras no La Bombonera e acabou por triunfar no Morumbi no desempate por grandes penalidades. Recorde-se que os golos fora não contam e em caso de empate há prolongamento e penáltis, se necessário.
Permitida festa no Obelisco
Em Buenos Aires, o Obelisco situado na Praça da República e junto à avenida 9 de julho é local de eleição para os festejos das conquistas desportivas do River Plate e Boca Juniors, assim como da seleção argentina. Mas só ontem as autoridades confirmaram que serão permitidas celebrações no local, sendo que várias vias serão cortadas para garantir a segurança dos adeptos que aí se desloquem. Entretanto, os hinchas do Boca foram avisados de que o estádio La Bombonera não será aberto para a festa, caso a equipa vença a final, por segurança.
Internacional foi a exceção
A Taça Libertadores e a Champions, na América e na Europa respetivamente, são as duas grandes competições de clubes. Mas apesar de a primeira ter começado em 1960 e a segunda em 1955 são poucos, e todos recentes, os casos de finais entre equipas do mesmo país e menos ainda entre rivais da mesma cidade. Há, contudo, uma regra que se tem verificado e apenas uma vez foi quebrada: nessas finais ganha quem tem o maior currículo. Motivo para o Boca Juniors estar otimista, dado que tem seis Libertadores contra três do River Plate.
A exceção à tradição foi conseguida pelo Internacional em 2006, quando ganhou pela primeira vez o troféu ao São Paulo e já com três títulos. Curiosamente, no ano anterior o tricolor paulista vencera a prova ante At. Paranaense, estreante em finais.
Já na Europa, o Real Madrid, que soma 13 Champions, superou o Atlético nas duas únicas finais entre equipas da mesma cidade, e também o Valência no primeiro embate da prova entre rivais espanhóis. Colchoneros e che continuam sem erguer o caneco. Também o Man. United (3) negou ao Chelsea a primeira "orelhuda" e o Bayern (5) a segunda ao Dortmund.