Contra a Bélgica, um tiro do meio da rua de Thorgan Hazard deixou a Seleção pelo caminho, fazendo cair o pano no sonho de revalidar a conquista. Os 12 que “caíram” foram Anthony Lopes, Rui Silva, Fonte, Guerreiro, William, João Moutinho, Sérgio Oliveira, Renato Sanches, Pedro Gonçalves, Guedes, André Silva e Rafa.
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Agora é mesmo a doer. Depois de ter garantido o apuramento para a fase a eliminar à segunda jornada, perdendo com a Geórgia no fecho da fase de grupos, Portugal defronta esta segunda-feira (20h00) a Eslovénia nos oitavos de final do Euro’2024 com o objetivo de, pelo menos, fazer melhor do que na anterior edição da prova. Em 2021, nesta mesma fase, o carrasco luso foi a Bélgica, orientada, precisamente, por Roberto Martínez (já lá vamos) e, do lado das Quinas, havia uma seleção bastante diferente da atual. Dos 26 jogadores que o então selecionador Fernando Santos chamou ao Europeu “itinerante”, 14 transitaram para a atual convocatória, o que significa que, em três anos, os ares de renovação abrangeram praticamente metade do grupo.
Em relação à convocatória de 2021, os 12 que tombaram foram os guarda-redes Anthony Lopes e Rui Silva, os defesas José Fonte e Raphael Guerreiro, os médios William Carvalho, João Moutinho, Sérgio Oliveira, Renato Sanches e Pedro Gonçalves e os avançados Gonçalo Guedes, André Silva e Rafa, que, no ano seguinte, renunciou à Seleção. Ganharam vaga Diogo Costa, José Sá, João Cancelo, António Silva, Gonçalo Inácio, João Neves, Vitinha, Matheus Nunes, Francisco Conceição, Pedro Neto, Rafael Leão e Gonçalo Ramos, sendo que, deste lote, só Cancelo e Neto já se tinham estreado pela Seleção principal antes do Euro’2020 (adiado um ano devido à pandemia de covid-19).
As alterações estenderam-se, claro está, ao comando técnico. Fernando Santos foi substituído por Roberto Martínez após o Mundial do Catar, cerca de ano e meio depois da tal eliminação de Portugal aos pés da Bélgica, comandada pelo agora selecionador das Quinas. Um tiro do meio da rua de Thorgan Hazard deixou a Seleção pelo caminho em Sevilha, fazendo cair o pano no sonho de revalidar a conquista de 2016. Um sonho agora reavivado, frente a um adversário que, no papel, impõe menos respeito do que os diabos vermelhos de há três anos. No entanto, todo o cuidado a ter com a Eslovénia será pouco, pois um deslize pode representar o ponto final na caminhada. Não faltam, aliás, exemplos recentes disso mesmo: o particular de março, que os eslovenos venceram em Ljubljana (2-0) e o desaire com a Geórgia, pelo mesmo resultado, na última quarta-feira. Errar é proibido.