Renato Paiva: "Tenho 250 mensagens por responder, mas nenhuma do Artur Jorge"
Novo técnico do Botafogo respeita o trabalho do antecessor Artur Jorge
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Em entrevista ao programa Além Fronteiras, da SIC Notícias, Renato Paiva analisou o desafio de suceder a Artur Jorge à frente do Botafogo, campeão brasileiro e da América do Sul em 2024.
"Eu já sabia que estava na mesa, mas havia mais treinadores. Um dia recebi uma chamada para uma reunião por Zoom e as coisas ficaram fechadas. Pode assustar a questão da fasquia [elevada] porque o clube acabou de ganhar o que ganhou. Prefiro esse peso de ter que jogar para ganhar todos os dias, de lutar por todos os títulos, da pressão de uma 'torcida' gigante. Nos últimos dias senti um orgulho enorme pela minha carreira, que não teve ajudas, e este passo também foi assim. Não conhecia John Textor nem ninguém do Botafogo. O desafio é lindíssimo, o plantel tem muita qualidade, teremos um mês para trabalhar, o que é raro no Brasil, e isso vai ajudar-nos a colocar as coisas no lugar. O Artur Jorge deixou uma base de trabalho clara e obviamente não vou fazer mudanças radicais, vou aproveitar muito do que o Artur deixou aqui. É pôr um pouquinho da nossa ideia e jogar para ganhar sempre", comentou o técnico português, que já estava a viver no Rio de Janeiro quando surgiu o convite.
"Olho para o meu telefone e tenho 250 mensagens que ainda não consegui responder. Fiquei muito orgulhoso por ter gente do meu passado, diretores, jogadores. Não se esquecem. Muitos jogadores, não só do Benfica na época da formação, mas muitos por onde passei... O meu Instagram está inundadíssimo de mensagens. O Botafogo é gigantesco. Eu nem tenho tempo para isso [responder a todas as mensagens], mas não recebi nenhuma mensagem do Artur Jorge ainda", prosseguiu.
Renato Paiva recordou ainda quando deu o salto da formação do Benfica para o futebol profissional: "Quando estava na equipa B houve convites de clubes portugueses, tinha contrato de cinco anos e o presidente Luís Filipe Vieira entendeu que não era boa ideia sair. Quando aparece o Independiente del valle, foi o que entendi que deveria ser o seguinte passo que deveria dar, um início com exigência não tão alta e boa formação, seguimento do que se fazia no Benfica."