Renato Paiva demitiu-se do Bahia: "O que não admito é faltar ao respeito com o ser humano"
Treinador português pediu a demissão e já não orienta o Bahia.
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Renato Paiva despediu-se do comando técnico do Bahia e explicou a decisão, dizendo que não admite faltas de respeito, o que terá acontecido por parte dos adeptos do clube da cidade de Salvador - a "torcida também passa do ponto como qualquer outra".
Num comunicado da assessoria do treinador português, explica-se que os capitães Kanu e Thaciano manifestaram-se contra a saída do técnico.
"O Bahia é um clube apaixonante, de uma 'torcida' gigante e acalorada, mas que também passa do ponto como qualquer outra. No futebol, somos passíveis a elogios e a críticas, o que é normal, faz parte do jogo. O que não admito é faltar ao respeito com o ser humano. Infelizmente, tivemos que montar o plantel com as competições em andamento, mais de 20 reforços chegaram durante a temporada, e não é do dia para o outro que uma grande equipa se forma. É preciso tempo. Mas o que levarei daqui são os momentos felizes que vivi diariamente com um grupo de jogadores fantásticos, que sempre me apoiou e esteve ao meu lado. Serei mais um adepto. Agradeço pela oportunidade que o Grupo City me deu para comandar uma das camisolas mais pesadas do futebol brasileiro", afirmou Renato Paiva.
Renato Paiva tinha sido anunciado como treinador do Bahia no início de dezembro do último ano, orientando a equipa em 51 jogos, com 20 triunfos, 15 empates e 16 derrotas, num percurso em que conquistou o título estadual.
Antes, o treinador português orientou os equatorianos do Independiente del Valle e os mexicanos do Club León, depois de uma carreira em que esteve sempre ligado à formação do Benfica.
O Brasileirão mantém ainda cinco treinadores portugueses em funções, nomeadamente Abel Ferreira (Palmeiras), Pedro Caixinha (Bragantino), Bruno Lage (Botafogo), Armando Evangelista (Góias) e António Oliveira (Cuiabá).