Final four da Liga das Nações decorre entre 4 e 8 de junho
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"Em primeiro lugar, é importante trabalhar individualmente com os jogadores. Alguns deles terão 14 dias sem jogos, outros com essas finais, então há um grupo diferente, temos de trabalhar individualmente."
“Eu gostaria de dizer que a pré-lista tinha 42 jogadores, então todos têm qualidades e acreditamos que podem ser importantes para o futuro, mas este formato da Liga das Nações é muito interessante, com cinco estágios num ano civil, o que não acontece no futebol de seleções. Tivemos 31 jogadores até agora e todos tinham opções de entrar na Seleção, então e mais entrar no equilíbrio tático, mas não gostaria de falar de outros nomes, porque são todos aqueles que ficaram na pré-lista”.
“O contexto de um jogador ou de dois, estamos a falar de um desporto de equipa e em que precisas de mais sete jogadores com perfis diferentes. Os adversários e as exigências dos jogos também são diferentes e no futebol de seleção o aspeto tático é diferente do futebol de clubes. Então o que acontece no clube ajuda a chegar à Seleção, mas para ganhar jogos na Seleção os clubes não ajudam. Faz parte, mas o espaço de Seleção é muito diferente do espaço do clube”.
“Acho que isso é uma pergunta geral e eu gostaria de responder sobre Portugal, onde isso não é problema porque os jogadores adoram chegar à Cidade do Futebol e vestir esta camisola. É um espaço saudável e onde os jogadores têm um compromisso incrível, então aqui talvez esse seja um aspeto mais individual e mais médico, mas o que os jogadores fazem quando chegam à Cidade do Futebol é um exemplo e não um problema. Noutros espaços pode ser um problema, aqui não”.
“Penso que isso e uma opinião subjetiva. Já vi muitas opiniões publicadas que nem sempre refletem a opinião pública e que nem sempre são objetivas. O que é objetivo são os resultados e se virmos os últimos 28 jogos, temos o maior número de vitórias, golos e de números de futebol espetáculo da história da nossa Seleção nas últimas décadas. São esses os dados e é isso o importante para o selecionador e a sua equipa técnica, a opinião objetiva e os dados são para estarmos orgulhosos e sinto isso dos adeptos, que percebem que o trabalho desenvolvido é positivo e agora é continuar com o objetivo do Mundial’2026”.
“Podem ajudar, mas não é algo definitório. Adorei os jogos do PSG como todos os adeptos do futebol, mas adorei pelo crescimento que os jogadores portugueses estão a fazer. João Neves é um exemplo de um bom jogador que estava preparado para a exigência do PSG e o Vitinha tem tido desempenhos de alto nível. Gonçalo Ramos depois da lesão entrou muito bem, tem a melhor média de golos da Europa e Nuno Mendes a sua consistência nos últimos dois meses fazem dele um jogador muito especial. Orgulho e continuar a acompanhar o que estão a fazer”.
“Não, foi porque ter adversários do nível de Alemanha, França ou Espanha é uma oportunidade única e não voltará a acontecer até à fase final do Mundial, então são jogos em que é mais pelo que o adversário vai fazer do que aquilo em que temos de melhorar. É uma oportunidade para melhorar jogadores individualmente e coletivamente, um tempo de ouro em que queremos melhorar tudo, mas o nosso número de golos e vitórias e o melhor das últimas décadas, então temos de dar um contexto ao que estamos a dizer. Os que entram são para melhorar, mas dentro de um contexto, e um jogo com a Alemanha é perfeito para preparar a fase final do Mundial”.
"Os jogos importantes são o que um selecionador gosta. Um jogador fica melhor com essas experiências. Os nossos jogadores ficam nos melhores balneário do futebol europeu e uma final da Champions é o que queremos. Já tive essa experiência de outros anos e pode ser difícil animicamente, com um resultado negativo. Mas em termos táticos, não é uma situação diferente de outros anos."
“Eu posso falar do nosso foco, que é o Mundial’2026. É isso que estamos a fazer, a trabalhar todos os dias para melhorar e continuar com um percurso que começámos nos últimos 28 jogos. Nada mais. Se sinto que tenho a confiança de Pedro Proença? Tenho, este é o nosso segundo estágio com o presidente da Federação, com uma boa comunicação e apoio, e precisamos de ajudar os jogadores, porque os adversários são fortes. O nosso foco e objetivo é isso”.
“Não. Há situações relacionadas com os jogadores que estão na lista, em posições e valências diferentes, mas sobre o Quenda, é alguém que está a crescer muito. E também temos Pedro Neto e Francisco Conceição nessa posição. É diferente de Mora, que terminou a época num nível espetacular. O seu treinador confiou nele em jogos difíceis, em que demonstrou uma personalidade incrível e acho que merece continuar a crescer no espaço da Seleção. Todos os jogadores têm um caminho diferente e o importante para o selecionador é que haja um processo meticuloso para o que é melhor para a Seleção. É isso que motiva as escolhas de hoje."
“Acho que é preso por ter cão e por não ter cão. Pote é um jogador importante, não só de agora, nas últimas cinco épocas teve muita concorrência. E também tem a ver com o adversário, a forma de jogo. Os jogos na Alemanha são exigentes em experiência e ele trabalhou muito para chegar aqui e teve um bom desempenho."
"João Félix e João Palhinha tiveram menos minutos nos clubes, mas estão em patamares muito importantes e são jogadores que tiveram um papel importante para chegar à fase final. Faz parte da continuidade para trabalhar aspetos táticos. E achamos que Palhinha e Félix ainda são importantes para a fase final.
"A Seleção somos todos, aqui não é jogar num clube ou liga para entrar, é o perfil individual e o que podem trazer à Seleção. Já usámos 31 jogadores durante quatro estágios e acompanhamo-los num processo honesto e profissional. Desfrutei muito da competição, quando acompanho lutas, quando é decidido no último jogo... isso mostra competitividade e alto nível de competência. Parabéns ao campeão e aos finalistas da Taça de Portugal. Espero que seja uma festa. E também para o Vitória que teve uma boa prestação europeia. E também melhores votos para Benfica e FC Porto no Mundial de Clubes."
"Informaçao médica sobre Ronaldo é que está apto para os jogos de dia 4 e 8, não há problema. Há muitas opções e precisamos de falar sobre jogadores com muitos minutos, outros com menos minutos e frescura, há que usar isso. Temos quatro jogadores na final da Champions, é muito interessante e o Gonçalo Ramos faz parte desse grupo."
“Avaliamos todos os jogadores de forma individual. Há jogadores que podem jogar o Europeu sub-21, e agora temos jogadores, como Chico (Conceição), Neto e João Neves que chegaram à Seleção depois de um bom torneio sub-21. É importante esperar por quinta-feira pela lista de Rui Jorge, mas trabalhamos juntos e isso faz parte do percurso de todos os jogadores. Sobre a segunda parte, estamos na final four da Liga das Nações, num formato muito exigente, perante o nono jogo, o que nunca aconteceu. Os rivais são as melhores seleções da Europa, então agora estamos entre as quatro melhores seleções da Europa e é aqui onde queremos estar e continuar. O trabalho é tentar ganhar, mas também usar a Liga das Nações para preparar a fase de apuramento para o Mundial, que será a mais curta da história, com seis jogos em três meses, nunca aconteceu. Se virmos os possíveis adversários (na final da Liga das Nações) que há: Alemanha, França, Espanha... acima disto não há mais nada. Por isso, é muito importante preparar estes dois jogos para ganhar a competição, mas também preparar o apuramento. Foco é o Mundial’2026 e estar na final four é onde queremos estar. Uma população de 10 milhões a lutar contra Espanha e França está a demonstrar um bom trabalho de muitos anos, é nisso que nos focamos, o resto é ruído”.
“Acho que todos os jogadores merecem estar na Seleção, é um momento importante e penso que ele teve uma época difícil com a lesão, mas demonstrou uma maturidade importante. Entrou na equipa num momento exigente, já jogou 90 minutos e o que fez no estágio anterior com a seleção é importante pela sua experiência. Esteve muito bem nos últimos cinco ou seis jogos pelo seu clube”.
“Há muitos pontos. O primeiro é que mesmo agora temos muitos jogos: temos a final da Champions, algumas equipas ainda têm dois jogos e também ainda estamos à espera do número final da UEFA para saber se podemos usar 26 ou 23 jogadores na final four. Isto faz parte da nossa preparação, já o fizemos no passado e agora acho que precisamos de 27 porque podemos trabalhar individualmente com jogadores como Nuno Tavares e Dalot e perceber como podem impactar os jogos e ter a melhor Seleção para ir a Alemanha”.
“Informação médica, Cancelo e Tomás Araújo ficam de fora por decisão médica e Dalot entra porque a decisão médica é positiva, mas precisamos de acompanhar os próximos 10 dias para ver o seu percurso".
“É um jogador especial, gostaria de falar do caminho de Mora. Vi-o a jogar pela Seleção sub-17 e foi um impacto muito positivo, jogador especial. Depois o que fez aos 17/18 anos com a primeira equipa do FC Porto foi de alto nível, pelo que fez nos últimos seis meses merece entrar no espaço da Seleção e continuar a sua evolução. Pode fazer a diferença no último terço, fez muitos jogos na Liga, marcou dez golos e fez quatro assistências... é especial mas é novo e precisa de melhorar. Tenho um sorriso quando falo de Mora, porque acho que vai marcar uma era no futebol português”.
O selecionador Roberto Martínez divulga hoje a lista dos 23 convocados de Portugal para a final four da Liga das Nações, que vai decorrer em junho, na Alemanha, com Dalot e Cancelo entre as principais dúvidas.
Devido a problemas físicos, os dois laterais poderão ficar ausentes dos dois jogos em solo germânico, numa convocatória que deverá ter como novidade a estreia de Rodrigo Mora, do FC Porto.
Com 18 anos acabados de completar, Mora fez um excelente final de temporada nos dragões e tudo aponta que deverá ganhar a sua primeira chamada à seleção principal.
Diogo Dalot tem estado ausente no Manchester United, devido a lesão, assim como João Cancelo, no Al Hilal, depois de já ter falhado o duplo duelo com a Dinamarca, dos quartos de final.
Nuno Mendes, Vitinha e Gonçalo Ramos parecem ter lugar garantido, embora os três jogadores tenham ainda que disputar com o Paris Saint-Germain a final da Liga dos Campeões, que será apenas quatro dias antes do arranque da Liga das Nações.
As escolhas de Roberto Martínez serão conhecidas às 12:30, numa conferência de imprensa na Cidade do Futebol, em Oeiras.
O primeiro jogo da seleção nacional será em 4 de junho, frente à Alemanha e, caso vença, vai disputar a final em 8 de junho, também no Allianz Arena. Se acabar derrotada pelos germânicos, a equipa lusa disputa o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares, que será também no dia 8, mas em Estugarda.
Portugal qualificou-se para as meias-finais da Liga das Nações ao vencer a Dinamarca, em Lisboa, no Estádio da Luz, por 5-2 no prolongamento, após 3-2 no tempo regulamentar, recuperando da desvantagem de 1-0 da primeira mão, em Copenhaga.
Antes desse duelo dos quartos, a seleção lusa já tinha conquistado o Grupo 1, à frente de Croácia, Escócia e Polónia.
Portugal, ainda com Fernando Santos no comando, conquistou a primeira edição da Liga das Nações, em 2019, tendo depois falhado a qualificação para a final four em 2020/21 e 2022/23.
Guarda-redes: Diogo Costa, Rui Silva, José Sá.
Defesas: Diogo Dalot, Nélson Semedo, Nuno Mendes, Nuno Tavares, Gonçalo Inácio, Rúben Dias, António Silva, Renato Veiga.
Médios: João Palhinha, Rúben Neves, João Neves, Vitinha, Bruno Fernandes, Pedro Gonçalves, Bernardo Silva.
Avançados: João Félix, Trincão, Francisco Conceição, Pedro Neto, Rodrigo Mora, Rafael Leão, Diogo Jota, Gonçalo Ramos, Cristiano Ronaldo.