Real Madrid vence Marselha, Juventus e Dortmund empatam em festival de golos
Síntese: Real Madrid sofre para vencer em dia de escândalo na Luz
Corpo do artigo
O recordista Real Madrid sofreu esta terça-feira para vencer na receção ao Marselha no arranque da fase de liga da Liga dos Campeões de futebol, em dia de escândalo na Luz, com o Qarabag a bater o Benfica.
No Bernabéu, o francês Mbappé, com dois golos, deu o triunfo por 2-1 ao Real, 15 vezes campeão, enquanto em Lisboa o Qarabag, do Azerbaijão, fez o impensável ao transformar uma noite que parecia de goleada para o Benfica (esteve a vencer por 2-0) em total pesadelo para os encarnados, acabando por protagonizar a reviravolta para 3-2.
O Estádio do Luz acabou por ser palco de uma das piores noites europeias do Benfica dos últimos tempos e entrou para sempre para a história do futebol azeri, assim como o emblema lisboeta, já que foi a primeira vitória de sempre de um clube desse país na Champions.
Em Londres, o Tottenham tem muito a agradecer ao guarda-redes do Villarreal na vitória por 1-0, e, em Turim, Juventus e Borussia Dortmund realizaram um frenético 4-4, com os italianos a marcarem dois golos nos descontos para fugirem à derrota.
O Qarabag era na teoria o jogo menos difícil para o Benfica dos oito da fase de liga e tudo parecia seguir mesmo para uma goleada, quando depressa o argentino Enzo Barrenechea, aos seis minutos, e o grego Pavlidis, aos 16, deram vantagem à formação de Bruno Lage.
Esperavam-se mais golos na Luz, numa já esperada "noite de gala", mas a formação azeri primeiro gelou e, já depois do apito afinal, enfureceu os adeptos da casa com tentos de Leandro Andrade, aos 30 minutos, do colombiano Duran, ex-Portimonense, aos 48, e Kashchuk, aos 86.
Leandro Andrade é internacional cabo-verdiano, mas nasceu em Portugal, em Tavira, e fez toda a sua vida e carreira em solo luso antes de rumar primeiro à Bulgária e depois ao Azerbaijão, em que está no Qarabag desde 2021.
Foi a primeira derrota da época para o Benfica em todas as provas, mas adivinham-se tempos difíceis para Bruno Lage, já que vinha de um empate caseiro com Santa Clara (1-1), para a I Liga, e de alguns jogos também com exibições menos conseguidas, como em Alverca e na Amadora.
Já o Real Madrid fez valer a experiência e, mesmo com menos uma unidade, venceu uma equipa do Marselha, que realmente merecia outro resultado na sua deslocação ao Bernabéu.
O norte-americano Timothy Weah, aos 22 minutos, deu vantagem ao Marselha e mostrou que os franceses podiam regressar a casa com pontos na bagagem, mas Mbappé, aos 29 e aos 81, ambos na marcação de grandes penalidades, deu a vitória a Xabi Alonso na sua estreia como técnico merengue na Champions.
No segundo tento do francês, o Real já atuava com menos uma unidade, por expulsão de Carvajal, aos 72 minutos, e já o Marselha também tinha desperdiçado várias oportunidades claras para regressar à vantagem.
Mais calmo foi o Tottenham-Villarreal, numa partida que teve o seu momento-chave para os "spurs" logo aos quatro minutos e por um ex-jogador do Famalicão, com o guarda-redes brasileiro Luiz Júnior a registar um autogolo, ao empurrar um centro para a sua própria baliza.
João Palhinha foi lançado pelo Tottenham na segunda metade da partida, enquanto Renato Veiga foi titular no centro da defesa da equipa espanhola.
O Borussia Dortmund teve tudo para arrancar a Champions com uma importante vitória em Turim, mas o inglês Lloyd Kelly, aos 90+6 minutos, fez o 4-4 na partida, com assistência do sérvio Vlahovic, que aos 90+4 já tinha feito o 3-4.
Depois de uma primeira parte sem golos, o Estádio Allianz foi o palco do que terá sido uma das melhores segundas partes da história da Liga dos Campeões.
Adeyemi, aos 52 minutos, fez o 1-0 para o Dortmund, seguido do 1-1 pelo turco Yildiz, aos 63, com assistência de João Mário, e de nova vantagem para os germânicos aos 65 por Nmecha.
Vlahovic voltou a deixar tudo empatado, aos 67 minutos, mas o Borussia partiu para o que parecia para um triunfo certo com golos do brasileiro e ex-Braga Yan Couto, aos 74, e do argelino Bensebaini, aos 86, de grande penalidade.