Real, Barcelona e Juventus denunciam "pressões, ameaças e ofensas inaceitáveis"
Ainda sobre a polémica em redor da criação da Superliga Europeia.
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Real Madrid, Barcelona e Juventus emitiram este sábado um comunicado conjunto sobre a Superliga Europeia, em que denunciam "pressões inaceitáveis, ameaças e ofensas de terceiros" com vista ao abandono definitivo do projeto, aludindo, posteriormente, à UEFA.
A nota oficial dos três clubes surge no dia seguinte às medidas anunciadas pelo organismo que tutela o futebol europeu, referentes aos clubes fundadores da Superliga.
"Em resposta à declaração divulgada pela UEFA a 7 de maio relativamente à Superliga e à posição tomada por nove dos seus clubes fundadores, Fútbol Club Barcelona, Juventus e Real Madrid Club de Fútbol fazem a seguinte declaração: os clubes fundadores sofreram, e continuam a sofrer, pressões inaceitáveis de terceiros, ameaças e ofensas para abandonar o projeto e, por conseguinte, desistir do seu direito e dever de fornecer soluções para o ecossistema do futebol através de propostas concretas e de um diálogo construtivo. Isto é intolerável à luz do estado de Direito e os Tribunais já se pronunciaram a favor da proposta da Superliga, ordenando à FIFA e à UEFA que, diretamente ou através dos seus organismos afiliados, se abstenham de tomar qualquer ação que possa dificultar de alguma forma esta iniciativa enquanto os processos judiciais estiverem pendentes", pode ler-se no comunicado emitido por Real, Barça e Juve.
Dos 12 clubes fundadores do projeto da Superliga, só os três acima mencionados não assinaram o compromisso da UEFA, que prevê consequências. Caso voltem a tentar criar uma competição fora da UEFA, os nove clubes "arrependidos" terão de pagar uma multa de 100 milhões de euros e doarão 15 milhões de euros para o futebol jovem nas comunidades locais. Além disso, cinco por cento das receitas que receberiam nas competições de clubes da UEFA por uma época, serão redistribuídas por outros clubes.
O caso de Real, Barcelona e Juventus, que se mantêm ligados ao projeto da Superliga, "será remetido para os órgãos disciplinares da UEFA competentes". Ceferin, presidente da UEFA, saudou a postura dos nove clubes que abandonaram a Superliga, deixando a alfinetada aos três "resistentes": "Estes clubes reconheceram os seus erros rapidamente e tomaram ações para demonstrarem o seu arrependimento e empenho futuro em prol do futebol europeu. O mesmo não pode ser dito dos clubes que continuam envolvidos na denominada Superliga, e a UEFA lidará com eles posteriormente", afirmou.