Em comunicado, o gigante madrileno referiu ter apresentado uma queixa ao Ministério Público espanhol com base em cânticos efetuados por adeptos antes das partidas Atlético de Madrid-Inter e Barcelona-Nápoles, na Liga dos Campeões
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O Real Madrid anunciou esta sexta-feira que apresentou uma queixa no Ministério Público espanhol por delitos de ódio e discriminação contra Vinícius Júnior que ocorreram, alegadamente, antes das últimas partidas do Atlético de Madrid e do Barcelona na Liga dos Campeões.
Em causa estão cânticos e insultos racistas que terão sido proferidos por adeptos de ambas as equipas antes das receções frente ao Inter e Nápoles, respetivamente, nos oitavos de final da prova milionária, com o Real Madrid a pretender identificar os responsáveis por estes atos “desprezíveis”.
Refira-se que, no caso do Atlético, vários adeptos da equipa foram apanhados por câmaras de segurança a cantarem: ‘Ale, ale, ale, Vinícius chimpanzé” nas imediações do estádio Metropolitano antes do jogo com o Inter, num episódio que já foi alvo de uma queixa da LaLiga.
O extremo brasileiro do Real Madrid também já reagiu publicamente ao episódio, reclamando um castigo por parte da UEFA.
Leia o comunicado na íntegra:
“O Real Madrid C. F. apresentou uma queixa à Procuradoria-Geral do Estado por delitos de ódio e discriminação relacionados com os insultos racistas e odiosos dirigidos ao nosso jogador Vinícius Júnior nas imediações do Estádio Olímpico de Montjuic e do Estádio Metropolitano de Madrid, antes dos jogos Barcelona-Nápoles e Atlético de Madrid-Inter da Liga dos Campeões.
O Real Madrid pede à Procuradoria que solicite às forças de segurança as gravações disponíveis de ambos os locais para identificar os autores dos abusos.
O Real Madrid condena estes violentos ataques de racismo, discriminação e ódio contra o nosso jogador Vinícius Júnior, que, infelizmente, têm sido uma preocupação recorrente e contínua desde há algum tempo. O nosso clube continuará a trabalhar arduamente para defender os valores do futebol e do desporto em geral, e continuará firme na luta por uma abordagem de tolerância zero aos tipos de incidentes desprezíveis a que temos assistido em várias ocasiões nos últimos tempos”.