Rafa Márquez apresentou-se à justiça mexicana após suspeita de narcotráfico
Rafael Márquez apresentou-se esta quarta-feira voluntariamente à procuradoria mexicana para prestar declarações após a acusação da justiça dos Estados Unidos sobre o seu alegado envolvimento numa rede de tráfico de droga e crime organizado.
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Em comunicado, a procuradoria mexicana indicou apenas que está a trabalhar "em coordenação" neste caso com a justiça norte-americana.
Rafael Márquez foi implicado pela justiça dos Estados Unidos numa rede de tráfico de droga, que envolve 22 mexicanos e 42 empresas encabeçados pelo narcotraficante Raúl Flores Hernández.
"Tem uma longa relação de 20 anos com Flores Hernández e manejou os seus ativos", refere em comunicado o Departamento de Tesouro norte-americano, que impôs sanções ao narcotraficante e restantes implicados.
O antigo futebolista do Barcelona e capitão da seleção do México, e que aos 38 anos representa o Atlas do seu país, tem como cúmplice o cantor Julión Álvarez.
"Ambos têm uma relação duradoura com Flores Hernández e atuaram como seus sócios e testas-de-ferro, bem como da sua organização de narcotráfico, e tiveram como sua propriedade ativos que eram dele", explicam.
As sanções congelam qualquer propriedade que os implicados tenham nos Estados Unidos e proíbem os norte-americanos de se envolver em transações financeiras com os mesmos. No entanto, os seus bens não serão apreendidos, nem submetidos a encargos criminais.
Este anuncio é o resultado de uma "investigação de vários anos" entre várias agências norte-americanas e o governo mexicano às atividades de "mais de 30 ou 35 anos" de Flores Hernández, um narcotraficante pouco conhecido, mas considerado do nível de 'El Chapo' Joaquín Guzmán.