Queiroz e o duelo com Conceição na CAN: "Um tributo ao futebol português"
Declarações de Carlos Queiroz, selecionador do Egito, em projeção do duelo contra os Camarões, relativo à segunda meia-final do Campeonato Africano das Nações
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Preparação do Egito: "É uma honra e um privilégio estarmos na meia-final, é uma recompensa pelo nosso esforço e sacrifício e é uma honra e um privilégio jogar contra os Camarões. Estamos preparados para produzir um grande espetáculo de futebol, causando um bom impacto não apenas nos Camarões e no Egito, mas também na comunidade futebolística internacional. É uma oportunidade para mostrarmos que o futebol em África está vivo e tem muito para oferecer."
Medo do poderio dos Camarões: "É exatamente o tipo de palavras que erradicámos. Palavras como medo não existem para nós. No nosso dicionário de futebol, o que existe é a palavra respeito, pelos Camarões, que tem feito uma excelente campanha, que tem uma linha avançada muito forte. Mas estamos preparados. Depois de cinco jogos, creio que está tudo em aberto para todas as equipas e nem faz sentido falar em estratégia. O [António] Conceição conhece a minha equipa, eu conheço a equipa dele, e portanto, amanhã, a estratégia é muito simples: tentar ganhar; correr, correr, correr; jogar, jogar jogar; e, se o fizermos, seremos melhores."
Sobre o confronto com António Conceição: "Está a tornar-se muito comum encontrar treinadores portugueses bem-sucedidos. O António é um treinador que faz parte de uma geração mais nova, eu sou mais dinossauro. É um grande profissional e é sempre especial ver portugueses dos dois lados. É uma honra, porque não estamos a representar apenas os países que servimos, é também um tributo ao que futebol português."
Reparos a Eto'o: "Os meus comentários não foram contra o herói, foram apenas contra o uso de palavras que, sobretudo nestes momentos difíceis que vivemos no mundo de hoje, devem ser erradicadas. "Medo", "guerra"... Esta linguagem veio de fora para o jogo, mas isto é futebol, é só um jogo. Gosto e tenho um grande respeito pelo Eto"o, não tenho nada contra a pessoa, mas temos que juntar as mãos para erradicar do jogo tudo o que não seja alegria, felicidade, celebração, tudo o que não seja servir e jogar para o povo. Porque quando o jogo acaba, virá sempre um novo jogo. Haverá sempre um novo jogo. É o nosso trabalho, garantir que mantemos o jogo vivo e com um bom espírito. Lamento algum mal-entendido, mas o meu objetivo é apenas erradicar esta linguagem do dicionário do futebol."