Nasser Al-Khelaifi foi o primeiro orador convidado do "Football Talks".
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Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG, foi o primeiro orador convidado do "Football Talks", através de videoconferência. Forte opositor da criação da Superliga, o líder do emblema parisiense garante que esse cenário não se coloca.
"Para mim não existe Superliga", disse esperançado que o novo formato da Liga dos Campeões, que vai entrar em vigor em 2024/25 ajude a "manter vivo o ecossistema do futebol". De resto, no seu papel líder da ECA (Associação Europeia de Clubes), Al-Khelaifi rejeita que a sua organização só se preocupe em defender os interesses dos grandes clubes, lembrando: "Eu e os meus colegas estivemos sempre contra a Superliga e isso é proteger os clubes médios e pequenos. Não me esqueço de onde viemos em 2011, portanto defendemos que todos podem sonhar em jogar a Champions e que os médios ou pequenos clubes de hoje podem tornar-se grandes clubes no futuro. A nova Champions com 40 clubes abre mais vagas para clubes médios. Na época passada sucessos do Eintracht na Liga Europa e Roma na Conference League foram importantes."
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Explicando que o futebol tem de "se adaptar e mudar" porque tudo acontece "muito rapidamente", explicou o forte investimento do Qatar Sports Investment no PSG e no futebol pelo "amor" por este desporto. Mais, considera que se esse dinheiro não fosse investido no futebol iria "para outros desportos". "A nova era moderna do futebol deve ser assim. O futebol sobrevive graças aos investidores. Há clubes com grandes dívidas e esse é o grande risco, quem deixa dívidas e abandona os clubes para outros resolverem o problema. As dívidas são o maior perigo, deveríamos ter regras que protegessem os clubes de um possível desastre", defendeu ainda.
Questionado se, com o mediatismo das suas contratações e jogadores como Messi, Neymar e Mbappé, o clube tenha perdido a ligação com fãs locais para se tornar uma marca mais global, Al-Khelaifi afirmou: "O clube cresceu de 7 a 16 milhões de adeptos, hoje temos 200 milhões de seguidores a nível global. Estou orgulhoso do trabalho que fizemos. Podemos continuar a crescer, mas para isso é preciso investir. O que todos os clubes grandes querem é continuar a crescer."
A terminar, abordou ainda com "orgulho" a "aposta no futebol feminino do PSG", onde o clube foi um dos pioneiros.
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