Presidente do Palmeiras goza com o Flamengo: "O Real Madrid está à espera"
"Não me vou curvar. Tinham de baixar um pouco a bola", atirou Leila Pereira
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Os clubes brasileiros têm mantido reuniões para a criação de um novo formato de liga brasileira e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, perdeu a paciência com a indecisão do Flamengo, acabando por se atirar ao clube, com humor à mistura.
"Não houve qualquer discussão, tornei-me presidente para fazer do meu clube uma equipa vencedora e para melhorar o nosso futebol. O Palmeiras não se vai curvar. O Real Madrid está à espera, trouxeram o Marcelo, que fez enormes estragos... não aguentei", afirmou, já depois do encontro, na conferência de apresentação de Richard Ríos e Artur como reforços da equipa orientada por Abel Ferreira, em alusão a declarações de pessoas do mengão sobre defrontar os merengues na final do Mundial de Clubes, onde acabaram por não chegar, e ao golo do lateral ex-Real Madrid (já pelo Fluminense, que tirou um título ao Fla ainda de Vítor Pereira).
"Sempre me dei bem com o Rodolfo Landim [presidente do Flamengo], mas tenho de posicionar-me. Sou contra a unanimidade, quando isso acontece, não vais decidir nada. Tenho a certeza que 99 por cento dos clubes são, o Flamengo não é. Tentámos votar o fim da unanimidade. O presidente do Flamengo foi contra... mas porque é que tem tudo de ser da forma que o Flamengo quer? Eu disse, vocês não são os reis da cocada preta. Todos os clubes ficam quietos, é preciso uma mulher para bater na mesa. Disse-lhe que se não estiver satisfeito, que saia. A soberba do Flamengo é enorme, precisam de baixar a bola. Não é assim que se vai ter um futebol saudável, não pode um dirigente por vaidade ficar com picuinha boba", completou.
A divisão de receitas numa nova liga é o factor que mais divide os clubes das duas frentes em negociação, os 18 clubes da Liga do Futebol Brasileiro (LIBRA) e os 26 da Liga Forte Futebol do Brasil (LFF).