Presidente do Marselha confirma ameaças de morte: "A minha família vive numa casa sob proteção"
Eyraud tranquiliza Villas-Boas em relação a eventuais vendas de jogadores
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O presidente do Marselha, Jacques-Henri Eyraud, garantiu estar em total sintonia com André Villas-Boas no que diz respeito à estratégia desportiva da equipa de futebol.
A posição de Eyraud tinha sido posta em causa depois da contratação do inglês Paul Aldridge, no que foi entendido como uma tentativa de facilitar as vendas de jogadores para o mercado inglês. Essa ideia exaltou os ânimos dos adeptos e, nos dias que se seguiram, Eyraud recebeu ameaças de morte por parte de supostos adeptos do clube.
"Foram ameaças deploráveis e muito covardes. Sobretudo para a minha família, que não pediu nada, mas agora está obrigada a viver numa casa sob proteção. Estou perplexo com o nível de violência e de ódio que grassa nas redes sociais. Tenho o dever de não deixar passar isto. Não é a primeira vez que me acontece e continuarei sempre a denunciar estas situações", declarou Eyraud quanto às ameaças.
Villas-Boas chegou a fazer declarações de estranheza quanto à contratação de Paul Aldridge, deixando entender que podia tratar-se de uma ingerência nas funções do diretor desportivo Andoni Zubizarreta e que, nesse caso, ele estaria do lado de Zubizarreta.
Eyraud garante agora que Aldridge não foi contratado com esse objetivo.
"Zubizarreta é o arquiteto desta equipa e isso não vai mudar. Nenhuma contratação ou venda de jogadores irá ser feita sem a sua anuência, como acontece desde há três anos a esta parte. Aldridge vai apenas ajudar-nos no mercado de transferências, mas também dará conselhos sobre o funcionamento do clube. Vai ter a função de conselheiro e vai ajudar-nos a ser melhores", explicou o presidente, garantindo que o fez de acordo com o que fazem todos os grandes clubes, como "Bayern, Real ou Barça".
"Nenhum jogador do Marselha vai sair em janeiro, a não ser que apareça alguma oferta impossível de recusar. Enfraquecer a equipa nunca foi a nossa intenção", declarou, com o objetivo de tranquilizar Villas.Boas.