Guardião nasceu e passou parte da infância no país que defronta esta terça-feira.
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Decisivo para Portugal e especial para Diogo Costa: assim se pode definir o duelo desta terça-feira, ante a Suíça, referente aos oitavos de final do Mundial"2022.
"Um menino que falava pouco, para não errar" é uma das imagens que Adílio Pinheiro guarda do dono da baliza lusa. "E ele nem sonhava que ia vingar na baliza", recorda.
O guarda-redes, de 23 anos, vai defrontar a seleção do país onde nasceu, a 19 de setembro de 1999. Desde então, muito mudou, mas Diogo ainda guarda memórias de Rothrist, uma pequena vila, com cerca de nove mil habitantes, onde passou parte da infância, "até aos cinco ou seis anos". A incerteza é de Adílio Pinheiro, o treinador que descobriu o titular da baliza nacional para o futebol e que, a O JOGO, lembra um "menino pacato, que falava pouco para não errar".
"Penso que os pais se divorciaram e ele veio para Portugal. Não me parece que se tenha iniciado no futebol na Suíça, pelo menos ele e a família nunca mencionaram nada", explica o antigo responsável pela formação do Pinheirinhos de Ringe.
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"Naquele tempo, o Diogo nem sonhava que iria ser guarda-redes. Jogava na frente. Tentei convencê-lo de que podia ser bom nessa posição, já aí tinha um pontapé forte. A equipa que eu tinha precisava de um guarda-redes e eu achava que ele era uma boa opção, reconhecia-lhe qualidade para estar ali", recorda o senhor Adílio. "Depois, o avô ligou-me a dizer que o menino estava triste. E fiz um acordo com ele: jogava metade do tempo à frente e metade na baliza", conta entre risos.
Quem também teve Adílio Pinheiro como padrinho foi Vitinha, outro jogador que começou nos Pinheirinhos e, agora, está no maior palco de todos.
"Vê-los no Campeonato do Mundo é um orgulho e um prémio enorme para as nossas gentes. São bons meninos e gosto muito deles. Já são de elite, de topo mundial. Que tudo lhes corra bem e não se magoem", deseja o antigo treinador.
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