A anfitriã Rússia e a Nova Zelândia dão hoje à tarde o pontapé de saída na prova. Amanhã é a vez da equipa das Quinas defrontar o México, no outro jogo do Grupo A
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Portugal é mais favorito na Taça das Confederações - que começa este sábado (16h00 em Portugal) com um Rússia-Nova Zelândia - do que alguma vez foi no Euro"2016 ou nalgum outro Europeu ou Mundial. Não é simplesmente uma das melhores equipas - é, provavelmente, a melhor, até porque é campeão em título da confederação de maior poderio do mundo.
Curiosamente, Fernando Santos não aceita isto, ele que fez questão, bem antes do último Europeu, de dizer que o CR7 e companhia iam jogar a prova para a ganhar. "Não vamos ser turistas no torneio. Vamos preparar a equipa com o objetivo de ganhar a prova, mesmo com o pensamento de que não somos favoritos", disse à "World Soccer". Mas quem é que é mais favorito do que o campeão da Europa? O campeão do mundo, claro. Mas Joachim Low não leva à Rússia a melhor equipa que podia, antes um grupo do que pode ser o futuro da seleção germânica. Depois temos o México - que Portugal defronta amanhã -, equipa interessante mas de que conhecemos Layún, Jiménez, Herrera, Chicharito Hernández. A Rússia, claro, joga em casa, mas nem os próprios russos acreditam muito na equipa - Putin quer é mostrar um país bonito e sem problemas, mais do que ganhar a Taça das Confederações.
Se não queria ser favorito, o selecionador podia ter feito outras escolhas - mas a verdade é que se trata de uma grande oportunidade para a equipa das Quinas ganhar outro troféu importante. Há outra razão ainda: não está o Brasil, que ganhou as últimas três edições. O Chile, campeão sul-americano, convenhamos, não é a mesma coisa.
Ainda ontem o insuspeito "L"Equipe" apontava três candidatos: Portugal, Chile e Alemanha. Não podemos fugir a isso e não devemos fugir. Por ainda mais um aspeto: estas provas, mais rápidas, dão normalmente muitos golos - há quatro anos, a média foi de mais de quatro por jogo. Ora, a Seleção, com Fernando Santos, não sofre assim tantos golos. Ou seja, se mantiver o rigor defensivo habitual, Portugal tem grandes hipóteses.
Não é fácil - ah, isso é outra questão. Deve haver um vencedor inédito - das oito seleções presentes, só o México já ganhou (e o capitão já era Rafael Márquez, que aos 38 anos ainda volta a participar). Para o "L"Équipe", "Portugal parece ainda mais bem armado do que no Euro", porque tem Bernardo Silva e tem André Silva, o que permite, em teoria, um salto de qualidade à equipa. Outros jornais internacionais têm dito o mesmo. O Chile ganhou a Copa América com Sampaoli, em 2015, e, no ano passado, com Pizzi, pelo que mantém as mesmas ideias e um grupo quase igual. Já a Alemanha mudou os jogadores: "O que eu aprendi ao longo dos anos foi que as equipas que ganham mundiais têm de se renovar, porque quatro anos é um período longo e os jogadores não conseguem manter a mesma forma. E por isso levo vários jovens para os ver, para testar se podem estar no Campeonato do Mundo do próximo ano", justifica Low.