"Pela primeira vez, eu e o Cristiano vamos ver um jogo juntos no banco"

Esta quarta-feira, em Bérgamo, quando a equipa da Juventus entrar em campo para disputar, frente à Atalanta, a 18.ª jornada da liga italiana, o onze inicial será "ligeiramente" diferente do habitual. Isto porque a grande figura do plantel, Cristiano Ronaldo, vai pela primeira vez ficar de fora das escolhas de Massimiliano Allegri. Não por razões físicas ou de ordem técnica, mas por simples gestão de esforço.

Consciente da capacidade de desequilíbrio do português, o treinador da Juve avança com a medida para o ter ao melhor nível numa fase mais adiantada. "Pela primeira vez, eu e o Cristiano vamos ver um jogo juntos no banco. Precisamos de o ter no auge em março, quando a Champions começar a decidir-se. Ele vai ter de ser decisivo nesses jogos, como todos os outros, mas ele talvez ainda mais, como tem acontecido nos últimos tempos", explicou o técnico, empenhado na conquista de uma Liga dos Campeões que já foge à Vecchia Signora desde 1996, quando Paulo Sousa era um dos líderes da equipa.

Esta medida será posta em prática pela primeira vez na Juventus, mas não é propriamente inovadora, uma vez que, com Zidane, a gestão física de Ronaldo já tinha resultado em pleno no Real Madrid durante as duas últimas épocas, com o português, já depois dos 30 anos, a jogar como se tivesse acabado de sair da adolescência, contribuindo decisivamente para as conquistas das últimas Champions.

Até agora, Allegri tem tido um excelente Ronaldo, ajudando a equipa a cavar um fosso de nove pontos na Serie A. "Esta época é a melhor de Ronaldo quanto a golos e outros números", lembrou ontem o calculista Allegri, já com as antenas viradas para o Wanda Metropolitano, em Madrid, onde no dia 1 de junho de 2019 vai disputar-se a final.

Em dia de Boxing Day também em Itália, o jogo grande terá lugar em Milão, onde vão defrontar-se Inter e Nápoles, segundo e terceiro da tabela, respetivamente.