O organismo máximo do futebol passa por uma grave crise financeira mas parece que há uma empresa disposta a ser parceira por dez anos a troco de quase 750 milhões de euros
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A FIFA atravessa duas crises - financeira e de credibilidade - mas ambas parecem ter solução à vista. A de credibilidade pode começar a ficar resolvida com as eleições marcadas para esta sexta-feira; já a financeira, e segundo se diz nos bastidores, a FIFA estará na iminência de anunciar um novo parceiro para os próximos dez anos, até ao Mundial de 2026.
Este novo parceiro secreto estará disposto a desembolsar qualquer coisa como 730 milhões de euros, cerca de 73 milhões/época durante dez anos. Uma verba que chega numa altura em que a FIFA apresentou, em 2015, prejuízos na ordem dos 365 milhões de euros.
Este rombo nas contas em 2015 deve-se, em muito, aos gastos do organismo com advogados e consultores. Recorde-se que o presidente Joseph Blatter, o secretário-geral Jérôme Valcke e o vice-presidente Michel Platini foram banidos do futebol. E dezenas de outros dirigentes estão presos na América Latina e nos Estados Unidos da América.
O secretário-geral interino, Marcus Kattner, apresentou, esta quarta-feira, aos membros do Comité Executivo um "panorama financeiro preocupante" da entidade. Nesta reunião, o presidente em exercício, Issa Hayatou, pediu que as associações nacionais votem a favor das reformas nesta sexta-feira. Entre as mudanças, estão a divulgação dos ordenados dos altos cargos, a presença de mais mulheres no Comité Executivo e a limitação no número de mandatos.