Patafta: treinado por Lage na formação do Benfica recorda proposta do FC Porto
Médio ofensivo australiano passou pelos encarnados entre 2005 e 2008.
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Kaz Patafta chegou à formação do Benfica [onde foi treinado por Bruno Lage, nos juniores] em 2005, com um contrato válido por três épocas, mas nunca se conseguiu realmente afirmar nos encarnados nem na Europa. O médio ofensivo, agora com 31 anos, chegava às águias como tendo sido capitão da Austrália no Mundial de sub-17 e uma das maiores promessas do país.
Esta sexta-feira, Patafta recordou esse período, no qual revela ter recebido uma proposta do FC Porto, em 2007.
"No fim de semana antes tinha jogado [um clássico] contra o FC Porto e alguns dias depois surgiu uma proposta [dos dragões], um negócio de cinco anos. Mas eu tinha acordado com o Victory [Melbourne Victory, da Austrália] e, com o caráter que tinha, ia cumprir com a minha palavra. Naquela altura precisava de alguém que se sentasse comigo e tivesse avaliado as opções. "Já assumi algum compromisso com o [Melbourne] Victory? Já estou legalmente vinculado com o clube"", começou por lamentar em entrevista à "Sports Star".
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"Com 18 anos, eu não estava preparado para ter essas conversas com o Victory, FC Porto ou Benfica, mas era a minha realidade. Era só eu. É muito importante para os jovens jogadores terem esse tipo de aconselhamento, algo que eu não tive. Não estou a desacreditar a minha família ou as pessoas que que me rodeavam naquela altura, é apenas o facto de não estarmos nesse cenário. Houve um momento crítico na escolha da melhor "jogada" seguinte. Esse foi um momento decisivo", concluiu o jogador, que acabou mesmo por regressar à Austrália, emprestado aos australianos do Melbourne Victory, contra a "vontade" de Gestifute e Benfica: a carreira na Europa tinha acabado mesmo antes de começar.
Patafta, no entanto não se arrepende, e recorda alguns momentos vividos no Benfica:
"O David Luiz é um daqueles que se destaca, mas joguei com vários bons jogadores. Simão Sabrosa foi, de longe, o meu favorito. Nuno Gomes era inacreditável, foram bons momentos. O Simão brincava sempre comigo para eu lhe levar o lanche e eu levava, mas no final do dia, fora das instalações, eu pensava que era melhor que ele", afirmou.
"Esse é o tipo de mentalidade que se deve ter enquanto jovem. Se eu tivesse tido um pouco mais de caráter, provavelmente tinha aceite algumas coisas que surgiram durante a minha carreira", concluiu o australiano.
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