Palmeiras volta a vencer e Abel reage: "Ninguém nasceu já a ler ou a andar"
Em arranque de trabalho no Palmeiras, Abel comemora segunda vitória seguida:
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Duas vitórias em dois jogos. O arranque do técnico Abel Ferreira à frente do Palmeiras não poderia ser melhor. Após vencer o RB Bragantino para a Taça do Brasil, o treinador português estreou-se no Campeonato Brasileiro com nova vitória, desta vez sobre o Vasco, de Ricardo Sá Pinto, por 1-0. Abel Ferreira falou em dificuldades para desenvolver um bom futebol em virtude do mau estado do relvado, mas elogiou o empenho e disposição dos seus jogadores.
"Essa equipa está com muita alma, muita atitude. É uma equipa que está positiva e com muita vontade de ajudar o treinador e de assimilar suas ideias, é notório. Mas ofutebol é como escola e quando queremos implementar uma ideia é como aprender a ler. Ninguém nasceu já a ler ou a andar. É preciso juntar as letras. E o processo de jogo requer tempo. Mas quero realçar, os jogadores estão com mente aberta e grande alma", analisou..
Além do relvado, o treinador destacou que teve muita dificuldade com a defesa do Vasco da Gama. "Uma linha de cinco permite fechar os corredores, eles dificultaram bastante", avaliou Abel, que para já só dirigiu quatro treinos.
"Hoje um adversário foi o Vasco e o segundo foi o relvado. Espero não ter perdido mais ninguém, vamos ver se não perdemos, porque o relvado estava em péssimas condições. Era preciso dar quatro toques para a bola ficar limpa, não conseguimos dar velocidade. Temos que circular rápido a bola para encontrar o espaço contra equipas assim. Por isso, disse que o Vasco e o relvado foram os adversários", acrescentou o técnico.
Foi a sexta vitória seguida do Palmeiras na época, confirmando o melhor momento da equipa nesta jornada. O clube de São Paulo agora é o sexto qualificado da competição, com 31 pontos. O Palmeiras terá que mudar o foco para outra prova, a Taça do Brasil, onde terá pela frente o Ceará, pelos quartos de final. O primeiro jogo contra a equipa cearense será quarta-feira, em São Paulo.
"Tentamos jogar bem em um campo super, super difícil, desculpem dizer isso, mas há muito não jogava em um relvado assim. E contra uma equipa muito bem organizada, sabíamos que era um adversário mal na tabela, mas que daria a vida para ganhar pontos. Mas os jogadores do Palmeiras tiveram uma atitude série, competitiva", complementou.
Sobre o inédito reencontro com o também português Ricardo Sá Pinto, Abel Ferreira comentou: "A vida tem desses destinos, tivemos tanto tempo para defrontar-nos em Portugal e viemos defrontar-nos aqui do outro lado do Atlântico. Já disse a gratidão que tenho por tudo o que ele fez por mim como jogador... Num momento difícil da minha vida, ele convidou-me para ser seu adjunto e foi aí que tudo começou. Essa gratidão é pública, não é de hoje. O Sá Pinto é um grande treinador, mas precisa de tempo para desenvolver seu trabalho", pontuou.