Pai de Luis Díaz após 13 dias raptado: "Fiz caminhadas de 12 horas pelas montanhas"
O pai de Luis Díaz, Luis Manuel Díaz, foi libertado esta quinta-feira pelo Exército de Libertação Nacional (ELN), depois de 13 dias sequestrado.
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O pai de Luis Díaz, Luis Manuel Díaz, regressou no final da tarde de quinta-feira a casa, depois de ter sido libertado pelo Exército de Libertação Nacional (ELN), ao fim de 13 dias de sequestro.
Um dia depois desse regresso a Barrancas, na Colômbia, onde foi recebido por familiares, amigos e vários jornalistas, o pai do extremo do Liverpool e antigo jogador do FC Porto relatou como viveu o rapto.
“Não sei por que motivo fui raptado, mas disseram-me sempre para estar tranquilo, porque nada de mal me aconteceria. Sou uma pessoa humilde e querida pelo povo colombiano. Dormir nestes dias foi muito difícil, estive quase 12 dias seguidos acordado. Caminhei muito pelas montanhas, algumas caminhadas de 12, oito e sete horas, porque diziam-me que tinha de ir para lugares mais seguros. Apesar de tudo, não fui maltratado, mas não me sentia confortável. Sentia muito a falta da minha família, dos meus amigos”, começou por revelar, em conferência de imprensa.
“Nos primeiros três dias sofri a nível de alimentação, mas depois quando passei para as mãos do ELN, fui tratado de outra forma. Penso que cheguei perto da fronteira da Venezuela, fui para muito longe de La Guajira. Sou uma pessoa trabalhadora e simples, não percebo as razões para este caso”, prosseguiu.
Questionado sobre se está a pensar deixar o país para viver com o seu filho em Inglaterra, Luis Manuel Díaz garantiu que não.
“Quero continuar aqui, com o meu povo. É aqui que tenho toda a minha família e onde os meus pais estão enterrados. Senti muito respeito do Governo e acredito que me será concedida toda a segurança para continuar a viver em Barranca. Temos de lutar por uma Colômbia melhor e mais justa”, defendeu.
O pai do futebolista salientou ainda que não foi preciso qualquer tipo de pagamento para que a sua libertação fosse adiante, ainda que tenha sido vista uma carrinha de transporte de dinheiro no local onde foi devolvido.