Mesut Ozil, médio alemão de 34 anos, anunciou o fim da carreira na quarta-feira e deu hoje uma entrevista ao jornal espanhol Marca.
Corpo do artigo
Terminou a carreira com 114 golos e 222 assistências: "Marquei golos e dei muitas assistências, mas também fiz muitas pré-assistências, que ninguém conta. O nascimento da jogada também é muito importante e eu tentava fazer esse papel. Para mim, o mais bonito era ganhar como equipa. Eu sempre tentei que os meus colegas brilhassem ao máximo e creio que isso consistia no meu estilo de jogo. Chegou um momento em que eu era muito feliz quando fazia brilhar os outros e sempre esperei que toda a equipa pensasse assim, que o egoísmo nunca ganha em campo. Nunca entendi as pessoas que me diziam para ser mais egoísta e rematar mais à baliza".
Porque decidiu retirar-se tão cedo? "Depois de muita reflexão, estou seguro que é a decisão correta. Durante a minha carreira, não sofri muitas lesões e sempre tentei estar em forma, mas os últimos meses foram muito pesados e duros. Eu não podia ajudar a minha equipa em campo como gostaria. Assim sendo, disse ao Basaksehir o que pensava e encontrámos uma solução rapidamente".
Tem o pós-carreira definido? O que vai fazer agora? "Ainda não. Sinceramente, não sei o que vai acontecer nos próximo meses. Mas de momento vou centrar-me na minha família aqui na Turquia. Tenho uma mulher e duas filhas preciosas. O que me apetece é ver crescer as minhas filhas, que são os maiores presentes que já recebi na vida. Desfruto de cada segundo com elas. De momento, não tenho planos de tornar-me treinador nem de continuar no mundo do futebol. Fiz parte do negócio do futebol durante quase 17 anos e durante a maior parte do tempo desfrutei muito do jogo. Sinto-me agradecido e sortudo por isso. Os que seguiram o meu trajeto sabem que não gosto muito de estar em frente às câmaras, conceder entrevistas ou estar no centro da atenção pública. Por isso, agora vou desfrutar muito de ter um pouco mais de calma na minha vida".
O que lhe traz mais orgulho na sua carreira? "Não são os golos, nem as assistências, nem as vitórias, nem os títulos. O que estou mais orgulhoso é de ter tido a oportunidade de associar o meu nome a temas que são muito mais importantes do que o futebol. E de ter devolvido algo às pessoas menos privilegiadas, especialmente em África e na América do Sul. Podem estar seguros de que este trabalho não vai parar com o fim da minha carreira. Isto é o que a minha mãe me ensinou quando era um menino e sim, eu estou orgulhoso disso".
16064707
16065456