Oliveira e a invasão de campo: "Tinha mensagens da minha mulher, dos meus filhos..."
Declarações de António Oliveira, treinador do Cuiabá, após o empate (1-1) na casa do Ceará, que teve de ser terminado cinco minutos antes do previsto, devido a centenas de adeptos da casa terem invadido o relvado para fugirem a uma batalha campal que se tinha iniciado nas bancadas.
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Invasão de campo: "Gerou-se o pânico. O jogo estava a correr, mas tivemos de sair. Tenho de me proteger a mim e aos meus. Quando cheguei ao balneário tinha mensagens da minha mulher, dos meus filhos, dos meus pais, da minha irmã... Uma preocupação natural, eles estavam a ver o jogo".
Confrontos nas bancadas: "O futebol não é isto, é paixão, é amor, nunca terá espaço para violência. Acho que o futebol deve ter um conjunto de princípios e valores, que devem ser levados para uma forma de estar e ser na vida, e não um espaço onde se vai gerar as frustrações das pessoas, onde vai aparecer toda a raiva numa sociedade cada vez mais difícil".
O Cuiabá está em zona de descida, mas vai defrontar dois adversários diretos (Goiás e Avaí) em casa: "Muitos pensam que são seis pontos garantidos, mas nunca vi no futebol vencedores nem vencidos antecipados. Se isso acontecesse, jogar contra o Cuiabá era garantia dos três pontos. As coisas não são assim. Hoje em dia é muito difícil defrontar todas as equipas, são muito organizadas, bem treinadas. Não é na pancada nem na violência que vamos resolver os nossos problemas".
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