Oferendas a Salah têm de passar no "scan": "Pode deixá-lo doente ou até matar"
Futebolista do Liverpool recebe muitos presentes e muitas cartas com pedidos, mas não abre nada sem que antes passe pela sua equipa de segurança.
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A popularidade de Mohamed Salah, especialmente no mundo árabe, é conhecida e isso exige medidas de segurança extremas. O jogador do Liverpool e da seleção do Egito recebe inúmeros presentes e cartas e tudo o que recebe passa por um "scan" antes de chegar às mãos do próprio.
"Todos os presentes têm de passar no 'scan', nunca se sabe o que pode estar lá dentro. Pode ser algo que o deixe doente ou até que o mate, nunca se sabe", revelou Karim Abdou, guarda-costas pessoal do avançado, no podcast "5ASide".
E para provar essa popularidade, o segurança contou algumas histórias que mostram a dimensão da fama de Salah. "Ele é um fantasma, não pode ser visto. Uma vez, fomos a uma mesquita para ele rezar. Ninguém sabia onde ele vivia, mas alguém nos seguiu no regresso a casa e espalhou a informação no WhatsApp. Em 5 minutos apareceram 20 mil pessoas à porta de casa", contou.
"Quando o Liverpool ganhou a Liga dos Campeões (2019), foi a loucura. Foi na altura do Eid [n.d.r Eid al-Fitr é uma celebração muçulmana que marca o fim do jejum do Ramadão] e era suposto ele ir rezar na rua, junto a todas as outras pessoas. Mas tinha acabado de ganhar a Liga dos Campeões, então toda a gente queria tirar fotografias. Toda a imprensa do Egito estava lá, parecia a final do Mundial. Todos em frente à casa do Salah. Ele estava dentro de casa e nem conseguiu sair", explicou.
Abdou falou também da ajuda que o futebolista dá a muita gente: "As pessoas escrevem os seus problemas num papel e entregam-lhe, porque acham que ele vai resolver tudo. Ele já deu milhões e milhões a pessoas doentes. Comprou ambulâncias para a sua cidade, ajudou pessoas que não tinham dinheiro para casar, para pagar as contas, para fazer cirurgias..."