"O Shakhtar gastou 58 milhões em contratações que agora não valem nada..."
Igor Jovicevic substituiu Roberto De Zerbi no comando técnico do emblema ucraniano e contou o porquê de ter decidido voltar a treinar no país, ao mesmo que a invasão da Rússia não parece ter fim à vista
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Igor Jovicevic, que já treinou os ucranianos do Karpaty e do Dnipro-1 na carreira, foi o nome escolhido para substituir o italiano Roberto De Zerbi no comando técnico do Shakhtar Donestsk e, este sábado, o técnico croata explicou o porquê de ter decidido voltar a treinar no país, admitindo sentir-se "um terço ucraniano".
"A primeira coisa que quero tornar claro é que eu estava a pensar em voltar à Ucrânia de qualquer forma. Tinha a opção de estender o meu contrato com o Dnipro, outro clube ucraniano, já tinha decidido voltar. Estou em contacto com a Ucrânia há 20 anos e sempre gostei da vossa gente [Espanha]. Sinto-me um terço ucraniano, croata e espanhol", admitiu, em entrevista ao jornal espanhol As.
O treinador, de 48 anos, lamentou, no entanto, a debandada de jogadores que o Shakhtar tem sofrido desde o mercado de inverno (17 jogadores saíram), revelando que o clube está a pedir ajuda à FIFA.
"Quando a guerra começou, a FIFA concedeu aos jogadores estrangeiros a oportunidade de irem para outros clubes por empréstimo, até o conflito terminar. Os nosso brasileiros saíram. Os jogadores podem sair de forma gratuita ou por muito menos do que valem. Estamos a falar de jogadores com um valor de 20 milhões que são vendidos por cinco ou seis. O Shakhtar está a apelar à FIFA porque estamos a perder dinheiro. Somos um clube que gastou 58 milhões em contratações de jogadores que não valem nada agora. O clube não tem forma de proteger os seus ativos, o seu valor colapsou devido à guerra...", referiu.
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