Eduardo Paes recebe governadora de Tóquio, cidade que vai sediar os Jogos de 2020
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"Os Jogos não devem ser um evento único. Não podemos desperdiçar a oportunidade de transformar a cidade. E foi isso que fizemos. O Rio de Janeiro venceu esse desafio de forma maravilhosa. Não ficaremos com "elefantes brancos". As arenas desportivas são simples, mas funcionais e até "nómadas", que se transformarão em legados para a cidade". A declaração, em tom otimista, foi dada esta sexta-feira pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, durante conferência de imprensa no Rio Media Center, ao lado da governadora de Tóquio, Yuriko Koike, recém-chegada ao Rio para acompanhar os últimos dias da Olimpíada, evento que sua cidade vai sediar em 2020.
Ao lado do prefeito carioca, a governadora, que vestia um quimono branco, disse que a cidade japonesa pretende seguir o exemplo do Rio e, além de economizar recursos - naturais e financeiros -, também quer ficar sem "elefantes brancos". "Pretendemos que as futuras gerações tenham um legado com os Jogos. Por isso, eles devem ser sustentáveis. Estamos conversando com as autoridades do Rio de Janeiro para sabermos onde podemos economizar", disse ela, lembrando que o quimono branco simboliza a hospitalidade japonesa.
Eduardo Paes, por sua vez, enfatizou o fato de o Rio ter feito uma Olimpíada considerada de custo bem inferior se comparado a outros já realizados, como os de Londres, por exemplo. "Tivemos um custo em torno de 35% menor do que a estimativa inicial. E os recursos vieram, em sua maioria, do setor privado. Nosso déficit para a realização da Paralimpíada é bem pequeno, e só acontece porque as vendas de ingressos estão em ritmo lento. Precisamos de um aporte em torno de 150 milhões e esperamos a decisão da Justiça sobre isso. Pode ser que nem precisemos, desde que a venda de ingressos decole. É uma honra receber a Paralimpíada em nossa cidade. Se os Jogos Olímpicos já foram exemplo de superação, os Paralímpicos serão ainda maiores", frisou.
Sediar os Jogos Rio 2016 foi, segundo o prefeito, uma oportunidade de melhorar a cidade em diversos aspectos, que ficarão como legado para os moradores. "Tivemos avanços significativos em termos de mobilidade e urbanização, mas isso não significa que os problemas acabaram. Temos que avançar ainda mais e é isso que pretendemos fazer. Não fizemos nada baseados no que muitos chamam de "jeitinho brasileiro". Foram anos de organização e planejamento das autoridades municipais, estaduais e federais. E estamos felizes com os resultados obtidos", lembrou o prefeito do Rio, que vai passar a bandeira olímpica da cidade dos Jogos Olímpicos de 2016 para a sede dos Jogos de 2020.