O relato impressionante de Modric: "Ouvíamos as sirenes e corríamos para o abrigo"

Luka Modric conquistou a Bola de Ouro em 2018, depois de uma excelente época no Real Madrid e no rescaldo da surpreendente campanha da Croácia no Mundial da Rússia, em que chegou à final da prova.

Provavelmente, na infância, o médio nem nos melhores sonhos imaginava que seria possível ascender ao topo da hierarquia do futebol mundial, uma vez que viveu de perto a guerra da independência croata, entre 1991 e 1995.

"Tinha uma ligação muito forte com o meu avô. Levava-me com ele à caça e fazia de mim o seu ajudante. Fez-me sentir especial. Perdi-o com seis anos e nessa idade foi difícil entender que nunca mais voltaria a vê-lo", contou Modric em entrevista à Gazzetta dello Sport, prosseguindo:

"Aos sete ou oito anos de idade, os traumas vivem-se de maneira diferente. O medo não é tão aterrador. Vivia no hotel Kolovare com a família e muitos amigos. Jogávamos à bola e escondíamo-nos no hotel. Quando ouvíamos as sirenes, sabíamos o que fazer: correr para o abrigo. Ali, em segurança, voltávamos a jogar", explicou o médio do Real Madrid.