O que espera André Gomes: "Tudo o que seja abaixo de meio ano será lucro"
O médio português do Everton sofreu uma "fratura com luxação" e os toffees sublinham que "deve recuperar por completo" da lesão. Tempo de paragem para casos semelhantes não costuma ser inferior a meio ano
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André Gomes, foi operado esta segunda-feira de manhã, no Hospital Aintree em Liverpool, um dia depois de ter sofrido uma grave lesão ao minuto 78 do jogo entre o Everton e o Tottenham. Ao início da tarde, o clube, cuja equipa é treinada por Marco Silva, revelava: "André Gomes realizou uma cirurgia para reparar uma fratura com luxação do tornozelo direito e a intervenção correu muito bem." Os toffees não adiantaram, no comunicado emitido, qualquer estimativa quanto ao tempo de recuperação do médio português de 26 anos, mas O JOGO falou com o dr. Domingos Gomes, médico ortopedista, que nos diz que "o habitual nestas situações é uma paragem competitiva de pelo menos seis meses", sublinhando: "Tudo o que seja abaixo de meio ano será lucro." Ou seja, é pouco provável que volte a jogar nesta temporada.
Refira-se que o Everton informou ainda que "o jogador irá passar algum tempo no hospital, antes de regressar ao centro de treinos para iniciar a sua recuperação sob supervisão do departamento médico do clube", perspetivando: "espera-se que recupere completamente".
"Quando estiver recuperado fisicamente, o André terá de ganhar confiança"
Também Domingos Gomes confia numa plena recuperação do internacional português, lembrando que "este tipo de cirurgias tem uma boa taxa de sucesso". O antigo médico do FC Porto explicou ainda que após a operação há fatores que podem influenciar o tempo de paragem. E afirma que André Gomes enfrenta agora uma primeira fase de recuperação "em que é preciso esperar que se forme o calo ósseo e cicatrize o ligamento do pé que liga os ossos que encaixam no tornozelo e que, tudo indica, também terá sido danificado". O tempo desta primeira fase deverá deverá ser de cerca de oito semanas e vai permitir uma "recuperação suave e passiva". Depois, à medida que for podendo apoiar com mais força o pé no chão, seguem-se novas etapas.
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Reforçando a ideia que seis meses é um prazo normal para receber alta, Domingos Gomes avisa: "Quando estiver recuperado, o André terá de ganhar confiança, tanto em termos de motricidade como psicologicamente. Por vezes demora algum tempo um jogador perder o medo de meter o pé, de disputar as bolas."
A terminar, refira-se que o médio tem recebido inúmeras mensagens de apoio desde que se lesionou, facto que o Everton agradeceu em nome do futebolista.