Kiki Afonso enalteceu a importância do treinador, e também de Tulipa, para o seu crescimento
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Com uma carreira marcada por altos e baixos, o defesa encontrou no Vizela duas pessoas fundamentais: Álvaro Pacheco puxou pelo que "estava apagado" e Tulipa "ajudou a alcançar objetivos pessoais".
Atingida a marca dos 100 jogos pelo Vizela, o defesa foi homenageado pelo clube e pelos adeptos, num dos momentos "mais bonitos" da carreira.
Quando se mudou para o Vizela conheceu e trabalhou com o míster Álvaro Pacheco. Foi um treinador importante para o seu crescimento?
-O míster Álvaro conseguiu conquistar-me, deu a volta ao meu pensamento, porque a vontade que mostrou de me querer na equipa foi grande e, a partir daí, abracei a causa do Vizela e o objetivo do míster Isso foi uma bola de neve. Fui ouvindo cada vez mais, comecei a pensar que se algo não tinha dado certo anteriormente não podia ser só dos outros, comecei a olhar mais para o "eu" e ver onde podia melhorar e isso fez toda a diferença. Comecei a pensar no que controlo e não nos outros e acho que o míster Álvaro puxou um pouco o que estava apagado em mim até então, e foi me transformando, ano após ano, até que este ano ele próprio sentiu que evoluí de tal maneira que me deu o voto de confiança e me elegeu como capitão.
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Depois seguiu-se o míster Tulipa. Uma experiência igualmente positiva?
-O míster Tulipa foi importante na continuação do que foi o nosso trabalho, acho que me ajudou muito a nível pessoal porque consegui alcançar alguns objetivos que tinha em mente, um deles era tornar-me centenário por este clube, que me marcou tanto, por isso, só tenho de agradecer muito a estas duas pessoas porque foram muito importantes na minha carreira.
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Teve uma homenagem no dia da despedida. Sai com o sentimento de dever cumprido?
-Sim, absolutamente rendido. Não estava à espera de uma noite daquelas, quiseram homenagear-me pelos 100 jogos, no quais sinto um orgulho enorme. Não há palavras que consigam descrever a gratidão que tenho por esses momentos, para mim e para a minha família que também esteve presente, acho que vai ser, certamente, um dos momentos mais bonitos da minha carreira. Sempre que me lembrar disso vou arrepiar-me, foi mais um passo que o Vizela teve para comigo e são só coisas boas a apontar. Mesmo as coisas más foram boas para mim, para o meu crescimento e para estar onde estou hoje.