Yaya Touré mostrou-se pouco esperançado na resolução de um problema que tem afetado o futebol
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Yaya Touré, médio de 36 anos, está atualmente na segunda divisão da China, ao serviço do Qingdao Huanghai, depois de uma longa carreira na Europa, em clubes como Mónaco, Barcelona e Manchester City.
Por tudo aquilo que viveu na modalidade e pelo que continua a assistir, o costa-marfinense admite que não quer o filho seja futebolista.
"O meu filho não é futebolista por culpa do racismo", atirou Touré, em entrevista ao diário francês L'Equipe.
"Sou sensível a esse respeito, porque é algo que me dói o tempo todo. O meu filho quer jogar futebol, quer tornar-se futebolista, mas disse-lhe: 'não, não podes fazer isso". Não permito que jogue futebol", explicou Yaya Touré, convicto de que os problemas de racismo e xenofobia que têm afetado o futebol estão para durar.
"Há uns três meses estive numa conferência e havia algumas pessoas da federação italiana. Falei com eles sobre o que tinham que fazer com o Lukaku e com alguns jogadores de que não gostam. Creio que é possível fazer melhor, mas tens de os ensinar", afirmou Touré, que admitiu o desejo de trabalhar com a UEFA e FIFA contra o racismo:
"Os jogadores devem ser livres para se expressarem livremente. Gostava de trabalhar com essas organizações."