"O meu filho apanhou o Daniel de cuecas, excitado, a esfregar-se na minha nora"
Doralice, mãe de Edison Brittes, falou com a imprensa brasileira sobre o drama vivido pela família após o homicídio de Daniel, jogador do São Paulo.
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O homicídio de Daniel, antigo jogador do São Paulo, continua a fazer correr muita tinta no Brasil. O jornal Tribuna do Paraná falou com a mãe de Edison Brittes, autor confesso do crime, que revelou ser alvo de provocações constantes quando sai à rua.
"Já passei por maus bocados por aí, com as pessoas a gozarem, a provocarem, sofro muitas represálias. É perigoso andar sozinha na rua", começou por contar Doralice, dando mais exemplos:
"A minha filha tem de apanhar o táxi e, na hora de pagar, dá o cartão, os taxistas olham para o apelido e perguntam se ela é parente do Edison Brittes. Ela ainda consegue lidar bem, brinca com a situação para aliviar a tensão. Confirma que é a irmã e ainda diz 'cuidado comigo'. Os taxistas nem ligam, levam na brincadeira porque já moramos aqui há muito tempo, conhecem-nos. É difícil enfrentar tudo isso", disse a mãe do assassino de Daniel, que recorda a noite do crime.
"O que ninguém entende é que o meu filho matou um intruso, que apanhou só de cuecas, excitado, a esfregar-se na minha nora, que estava desmaiada na cama dela, dentro de casa. O meu filho não saiu por aí a violar ninguém, a meter-se com as amigas da minha neta, não se meteu com uma mulher casada, não saiu por aí bêbedo. Esse rapaz não tinha nada que se meter na cama do meu filho e da minha nora, está errado. O que o meu filho fez também não está certo, mas entendo as razões dele. A pessoa perde a cabeça. Ele sempre foi muito amoroso e cuidadoso com aquelas três mulheres [a esposa e as duas filhas]. Tinha um cuidado enorme com a Allana, um ciúme doentio pela Cristiana. Eu, como mãe, não tenho nada de mal para falar dele. Ele vai continuar a ser o meu filho e é isso que eu queria dizer para vocês quem é mãe, que não me julguem, porque ninguém sabe como será o dia de amanhã. Nunca esperei isso na vida, mas aconteceu e hoje estou aqui a sofrer. Agora há oito famílias a sofrer", disse, aludindo às dos arguidos e à de Daniel, o jogador que foi encontrado sem vida e com o corpo mutilado.